AGRADECIMENTO

Todos os fins de ano fazemos planos para o ano do porvir.

No final de 2012 tracei minhas metas para 2013. Determinei-me a concluir o Curso de Direito (TCC), passar na OAB e no Mestrado do Instituto de Ciências Jurídicas da UFPa, um dos principais programas de pós-graduação do Brasil com conceito 5 na CAPES (de 0 a 6).

Produzi o Trabalho de Conclusão de Curso ainda no início do ano para ficar mais liberado para a prova da OAB e a seleção do Mestrado. Em Junho fui aprovado na OAB e em novembro no Mestrado.

Como se pode perceber 2013, para mim, foi um ano fantástico, pois é sempre bom cumprirmos as metas que nos impomos.

É óbvio que conquistas assim não se consegue sozinho, tive muita ajuda, muito incentivo, foram vitórias construídas a muitas mãos.

De todas essas conquistas a mais importante foi a aprovação do Mestrado, um sonho que eu tinha já a muito tempo e pude realizá-lo agora. Como diz o meu amigo e filósofo izabelense Pedro Eduardo, minha aprovação no Mestrado não foi uma vitória só minha, foi uma vitória da nossa geração AESIP, dos filhos de funcionários públicos que acreditaram na educação como meio de transformação pessoal e social, corroboro completamente com esta opinião do Eduardo. Para a nossa geração nada foi muito fácil, não por outro motivo que só consigo chegar ao Mestrado com 36 anos, e só terminarei o Doutorado com mais de 40.

Agradeço a todos que me ajudaram nesta caminhada vitoriosa que foi 2013, um dos anos mais importantes de minha vida, um ano que eu nunca esquecerei.

Agradeço a Sheila Marques, ao Rudá Marques e ao Teo Marques por serem aqueles por quem eu faço girar a roda do mundo.

Agradeço aos meus pais que me deram a régua e o compasso para ser vitorioso.

Agradeço aos meus sogros pelo alicerce que me dão para ter tranquilidade para seguir sempre em frente.

Agradeço aos meus professores Davi Silva, Jonismar Barbosa e Daiane Santos pelo incentivo, motivação, preocupação, dedicação e orientação.

Agradeço a todos os amigos que torceram por mim em cada batalha que travei ao longo desta ano.

Observo que isso é só o começo, ainda tenho muitos objetivos a alcançar: quero ser professor universitário do curso de Direito, quero o Doutorado, quero a magistratura ou a promotoria (ainda não me decidi). Os anos que virão serão testemunhas destas novas realizações, minha história recomeça agora: Termina a história do Bruno Marques homo literatus e começa a do Bruno Marques homojuridicus. Adianto-lhes entretanto que uma história não anula a outra, elas se complementam, elas enriquecem a minha experiência humana nesta vida.

Valeu!

Um grande abraço a todos!


HÁ ALGO DE PODRE NO REINO DA ÚLTIMA FLOR DO LÁCIO (OUT-2013)

O ensino de Língua Portuguesa parou no tempo, não só no ensino público, como muitos logo associariam a tal afirmativa, entrementes na sua completude (claro que devem existir ilhas de exceção como em toda boa regra). Como podemos afirmar isso? Que elementos dão suporte à tão contundente afirmação?
Como resposta aos questionamentos, digo apenas que não sei, pois busco ser como um filósofo antigo que existiu, analfabeto, não sabia ler nem escrever, mas sabia questionar como ninguém, e com seus questionamentos destruir e criar verdades. Não viso aqui o vigor do método científico para essa explicação, viso apenas à reflexão de todos os interessados.
Alguns dados podem nos dar provas do que afirmo (não científicas).
Se a escola brasileira ainda ensina como conceito de substantivo que “substantivo é a palavra que dá nome aos seres”, como esperar que a criança brasileira saiba o que é um substantivo?
 Esse exemplo simples nos mostra o quanto o ensino da gramática ainda está preso a suas origens clássicas, mais precisamente na Grécia. Como os primeiros a pensá-la eram filósofos, em seus conceitos predominavam explicações de cunho semântico, esses conceitos geravam e geram questões filosóficas, não certezas lingüísticas.
Por exemplo: no sintagma “o nada” a palavra “nada” é sem dúvida um substantivo, no entanto não é um ser, é antes um não ser, uma ausência do ser, apesar de que alguns defendam que o “nada” seja um ser. Perceba, a questão deixou de ser do escopo do estudo de língua, da Linguística e passou a ser do escopo da Filosofia.
Na minha ignorância, percebo que até hoje no Brasil se ensina gramática assim, como os gregos a inventaram. Nessa forma de ensinar, há predominância do uso da semântica, ou seja, os conceitos das classes de palavras se baseiam no significado das palavras para expor a base conceitual. O critério semântico é bom, no entanto é muito perigoso e traiçoeiro, nos leva facilmente ao erro, é um digno canto da sereia.
De outra forma o ensino das classes de palavras seria mais denso se em detrimento do critério semântico fossem utilizados o critério morfossintático, em que as classes gramaticais são conceituadas a partir da função que as palavras exercem na estrutura da sentença.
Aprender classes gramaticais desta forma ajuda a ler, interpreta e, escrever melhor.
Compreender que cada palavra na organização textual desempenha uma função pragmático-comunicativa transforma o estudante em cidadão, por que dá a ele as bases intelectivas e cognitivas para ser um pensador autônomo capaz de interferir na realidade de sua comunidade.