Kadafi segue resistindo

 

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Uma semana depois do início da revolta popular, o ex-ministro da Justiça da Líbia, Mustafá Abdel Jalil renunciou ao cargo e insurgiu-se contra Kadafi, tornando-se presidente do Conselho Nacional de Transição Interino (CNTR), uma espécie de governo paralelo instaurado pelos revolucionários que se batem contra o ditador.
Aperreado, Kadafi lançou mão da irresistibilidade ao vil metal: a TV estatal líbia anuncia para todo o país que há uma recompensa de 500 mil dinares líbios (cerca de R$ 663 mil) pela cabeça de Mustafá Jalil.
Ao mesmo tempo, em um fôlego que baixa o moral dos revolucionários, Kadafi reordenou parte de sua infantaria e, com intendência aérea e artilharia pesada, deu toque de marcha objetivando reconquistar o centro petroleiro de Ras Lanuf, a Oeste de Benghazi, que se tornou o quartel general dos revoltosos.
Segundo a Al-Jazeera, Ras Lanuf está sob persistente ataque e, embora os revoltosos resistam heroicamente, as forças do ditador os castigam, ameaçando-lhes as posições conquistadas.
Está na hora da ONU providenciar aprovação de ajuda tática material aos revolucionários líbios, reforçando-lhes as posições em Benghazi, para que os mesmos mantenham a cabeça de ponte em que se tornou a cidade: se Kadafi reconquistar esta posição poderá haver uma indesejada inflexão a seu favor, e as mais de 2 mil mortes líbias pelos ares de liberdade terão sido em vão.

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