Há inteligência militar no movimento líbio

missel
As manifestações populares na Líbia já adquiriram status militar, devido à forma lógica como vêm tomando os territórios e cercando Kadafi em Trípoli.
Diferente das outras revoltas ocorridas na região, que se caracterizaram por manifestações contumazes e crescentes, mas, sem inversões armadas, os líbios, com certeza, têm uma inteligência estratégica marcial a lhes guiar os movimentos.
A região de Benghazi, inclusive a capital, e a província da Cyrenaica já foram tomadas, o que entrega aos revolucionários o controle do Nordeste. Há rumores de que Misrata, a cidade capital do Oeste, também já estaria conquistada.
Tal coordenação invasiva consolida o meu pensamento de que há inteligência militar na revolução.
Devido a dificuldade de informação, não é possível apurar se a estratégia militar dos revolucionários se dá em virtude de muitos oficiais do exército terem desertado e se juntado às massas, portando suas armas, ou se, desde o início, já havia planejamento externo nas escaramuças.
O fato é que a queda de Trípoli é uma questão de tempo, pois, como andam as coisas, Kadafi está cada vez mais isolado, e não resistirá ao cerco que lhe vem dos territórios já conquistados.
Espero que os líbios se estejam valendo de forças militares apenas para derrubar Kadafi, e que, após a queda do ditador, a democracia se instale no país.

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