CHEFE DA POLICIA RODOVIÁRIA DO PARÁ É DEMITIDO

O superintendente da Polícia Rodoviária Federal no Pará, Isnard Ferreira, foi demitido do cargo. A decisão está publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (29). O motivo foi um processo administrativo que ele responde desde o ano de 2005, por conta das condições de armazenamento de veículos apreendidos. Em entrevista ao Portal ORM, o ex-superintendente se defende informando que a PRF no Pará não tem pátio para guardar os veículos e que já havia determinado a aplicação das multas e liberação dos mesmos para evitardeterioração, além de saque de peças. Isnard Ferreira disse que vai recorrer da decisão.
O caso foi mostrado em reportagem do Fantástico. Veículos armazenados em locais impróprios, deteriorados por estar expostos à ação do tempo e que tiveram peças saqueadas. O ex-superintendente se defende informando que a PRF não tem um lugar adequado para guardar esses veículos em nenhum de seus postos no Pará. 'Não temos condições de guardá-los em segurança e devolvê-los aos proprietários em boas condições. Não temos pátio. O único lugar fica no meio do mato, onde eles são depredados e peças e equipamentos são roubados', esclarece.
Isnard conta que há casos em que, além da deterioração do tempo e dos saques, os veículos ainda ficam à mercê de vândalos. 'Há quatro meses tivemos onze carros incendiados na PRF de Marabá', relembra.
O problema, segundo Isnard, já havia sido observado por ele mesmo, que decidiu, em 2005, deixar de abrigar esses veículos. 'Determinei que as multas fossem aplicadas e os veículos liberados', contou ao Portal ORM. Ainda segundo ele, há dois anos a PRF criou uma normativa proibindo a guarda de veículos onde não houvesse pátio para isso.
Ainda de acordo com Isnard, a decisão foi tomada por uma comissão do Mato Grosso, que entendeu que a decisão dele, de não aceitar mais a guarda dos veículos, estava errada. 
A decisão pegou o superintendente de surpresa. 'Sempre fui contra tomar um bem de uma pessoa e não conservar. Por me preocupar com o patrimônio de terceiros, fui demitido', exclama. E ele ressalta que vai recorrer da determinação. 'Vou pedir a reconsideração, até porque estou tranquilo de que não há nenhum problema de corrupção', afirma.
Enquanto isso não acontece, ainda não está definido se vai haver a substituição dele por outro servidor.
 
Blog do Ariel Castro