A ALEPA em foco

O que eu venho afirmando aqui em mais de uma postagem e em resposta a comentários está se mostrando real: a imprensa e o Ministério Público já possuem todos os elementos que uma CPI poderia revelar a respeito das operações fraudulentas cometidas por servidores da Assembleia Legislativa do Pará, na folha de pagamentos do órgão.

A imprensa divulga os episódios em capítulos devidamente circunstanciais. O MP já toma as suas devidas providências.
Quem primeiro trouxe os fatos às manchetes foi o “Diário do Pará”. Em sua edição de hoje, “O Liberal” traz mais detalhes.
A matéria revela absurdas renumerações de servidores, que detinham a prerrogativa de se conceder vantagens sobre os respectivos salários: todos com totalização líquida nos contracheques que ultrapassavam não só a remuneração dos deputados estaduais, à época R$ 12.384,00, mas o próprio teto constitucional que é a remuneração dos ministros do STF.
A matéria de “O Liberal” direciona o tema para fazer crer que as fraudes eram cometidas beneficiando “membros do PMDB”, por ser o então presidente da ALEPA, deputado Domingos Juvenil, do PMDB, o que não corresponde à amplitude dos fatos apurados pois a maioria dos beneficiados, assim como os que perpetravam as fraudes, não tinham ligação com o dito partido: a burocracia fraudulenta que protagonizou o episódio era apartidária.
A matéria também omite que todas as fraudes que ocorriam na folha foram detectadas, apuradas, e cessadas ainda na presidência do deputado Domingos Juvenil, que inclusive passou às informações ao Ministério Público, quando este as requisitou.
O então presidente Domingos Juvenil, no entanto, cometeu o equívoco de, mesmo determinando rigorosa apuração do fato, e desmontando, após identificar os culpados, a teia de comando paralelo que se formou para perpetrar as fraudes, somente afastou os responsáveis dos respectivos cargos, quando deveria lhes ter punido com a exoneração sumária.
Clique na imagem para ler a reportagem completa de “O Liberal”.

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