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O professor Pascoalete, que leciona redação, enviou para o blog as suas considerações sobre a crise de gênero que vive o Brasil depois que se elegeu Dilma Rousseff para presidir a República.

“Presidente ou Presidenta? No idioma português existem os PARTICÍPIOS ATIVOS como DERIVADOS VERBAIS. Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, de cantar é cantante, de existir é existente, de mendicar é mendicante…
Qual é o particípio ativo do verbo ser? O particípio ativo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade. Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ANTE, ENTE ou INTE.
Portanto, a pessoa que preside é PRESIDENTE e não ´Presidenta`, independentemente do gênero, masculino ou feminino (a pessoa que comanda é COMANDANTE e não ´comandanta`; a pessoa que estuda é ESTUDANTE e não ´estudanta`, ADOLESCENTE e não ´adolescenta`).
Portanto, gramaticalmente, o correto é PRESIDENTE e não ´presidenta`. Dizer presidenta equivale a construir uma frase mais ou menos assim: ´A representanta da turma é uma delinquenta, repetenta da quinta série pois é uma estudanta pouco inteligenta e é inicianta na arte de escrever.`”

Eis, portanto, a explicação puramente gramatical. Do ponto de vista coloquial, já é pacifica a licenciosidade, permitida pelos mais renomados dicionaristas da língua, o uso das duas grafias como correta.


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