A crise do Euro derruba Berlusconi

 

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Il Cavaliere Silvio Berlusconi, a mais folclórica coisa que a terra de Dante já mostrou ao mundo, despediu-se, esta tarde, do Gabinete: entregou ao presidente Giorgio Napolitano a sua renúncia, após a aprovação, pelo Parlamento, do pacote de reformas econômicas, que traz um arrocho orçamentário sem precedentes na história do país.
Assim como a Grécia e Portugal, a Itália não resistiu à mudança da sua base monetária: é mais uma vítima do Euro que teima em pagar um altíssimo preço para continuar no clube.
Berlusconi confessou aos repórteres que o aguardavam no Palácio do Quirinal, a sede da Presidência italiana, que sai amargurado e triste: cavou isto com os próprios pés.
O presidente Girogio Napolitano deverá entregar a Mario Monti, um respeitado euro economista, a empreitada de formar um novo gabinete para esgrimir a crise.
A Itália, que ainda é terceira economia do Euro, estoca uma dívida de 120% do seu PIB, o que é uma situação contabilmente falimentar.
A economia italiana não reage aos choques no peito e padece de uma anemia crônica, o que impede a retomada de lastro financeiro, obrigando-a a tomar dinheiro no mercado a juros de 6%, o que é estratosférico para a realidade europeia.
A Grécia e Portugal seriam capazes de causar um razoável tremor na Europa se quebrassem, mas, a Itália causaria um sismo de magnitude 9.0.

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