O acordo PT-PMDB-PSDB para blindar os governadores Agnelo
Queiroz (PT-DF), Sérgio Cabral (PMDB-RJ) e Marconi Perillo (PSDB-GO), fez água
na tarde de hoje (29) na “CPMI do Cachoeira”.
> Marcone Perillo pede para ser convocado
O PSDB mordeu a corda ao atender os apelos do governador
Perillo que insistiu com a composição tucana para depor: Perillo acha que segura
as pontas, liberando o PSDB para estocar Agnelo.
Com a saída do PSDB do triângulo amoroso restou ao PT-PMDB
bancar a casamata dos seus governadores, mas as contas não batiam: sem a
unanimidade do PSDB com um ou outro, não era possível fechar e todos resolveram
sair no braço.
> PMDB mostra o muque
O PMDB mostrou tutano para blindar Sérgio Cabral, que logo cedo
avisou a sua artilharia que contava com dois votos no PT (Vaccarezza) e que o
senador Aécio Neves garantira-lhe os votos do PSDB.
O PT não conseguiu torque para evitar a convocação de Agnelo:
falha do Planalto, que meio de bubuia com os entreveros Lula-Gilmar, não enviou
reforço à tempo para a sala da comissão.
> Placar
O placar das votações revela que o dia foi de desinteligências
na CPMI. Essa conclusão não se tira pela convocação, por unanimidade, de
Perillo, pois o próprio PSDB a requereu, mas pelos tentos das duas votações
seguintes: Agnelo Queiroz (PT-DF) foi convocado por 15 a 13 votos e Sérgio
Cabral (PMDB-RJ) não foi convocado por 17 a 11.
> Saldo
O saldo: o PMDB tomou conta da CPMI e mostrou que, nos embates,
consegue fazer a correlação de forças conspirar ao seu favor, desviando o centro
de gravidade do embate para o PSDB e DEM.
Veja abaixo o quadro político da CPMI:
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