QUALIDADE DE VIDA

As cidades devem cumprir seu papel social que é proporcionar qualidade de vida aos seus munícipes. A conquista da "qualidade de vida" não é algo abstrato, é material, se apresenta por meio de moradia digna, segurança, saúde, educação, transporte, organização urbana.

Uma comunidade tem qualidade de vida quando há um equilíbrio entre o físico e o psicológico de cada indivíduo.

Um bom exemplo disso é ir a Belém, é impossível ir a Belém e não estragar o dia naquele caus de trânsito, com aquele ar pesado e com cheiro de óleo diesel, não se pode falar em qualidade de vida em um lugar assim. As pessoas padecem física e psicologicamente, cria-se um ambiente propício à violência por exemplo.

Penso, neste sentido, em nossa cidade: Temos qualidade de vida? Nossa cidade é capaz de nos proporcionar saúde física e mental? Como você se sente quando sai de casa de carro e sabe que vai passar na esquina do BANPARÁ dia de sábado de manhã?

Da forma como a cidade está sendo conduzida, sem observância do Plano Diretor (letra morta), a tendência é piorar. Ao meu ver este será o principal desafio que se impõe ao futuro prefeito: Saber que cidade temos e principalmente a cidade que queremos para daqui a 10, 15 30, 50 anos. Se quem conduzir a cidade não tiver esta sensibilidade nos tornaremos uma cidade sem identidade, sem qualidade de vida; nos tornaremos apenas mais uma cidade conurbada com todos os problemas de cidade grande, com as mesmas deficiências de cidade de interior.

Confesso a vocês que me preocupo muito com isso, ainda estarei vivo para ver no que nos transformaremos. Eu não gostaria de morar em uma cidade igual a Ananindeua, Marituba. Na minha opinião é nisso que estamos nos transformando.

Vivemos o momento de transição entre a Snata Izabel Antiga e a Santa Izabel do por vir. Este é o momento de se fazer alguma coisa, de influenciar no processo de forma racional e não permitir que as transformações ocorram ao acaso da força da história. Precisamos de um governante que compreenda seu papel histórico.