Y. YAMADA

Está sendo cogitada a vinda do supermercado Yamada para Santa Izabel, será na BR. As notícias dão conta de que a obra já começa em 2012. Isso é muito bom para  a cidade, para onde tem Yamada converge gente de vários municípios, algumas pessoas de minha família fazem compra na Yamada de Castanhal por exemplo.

Os supermercados izabelenses devem se adiantar a esse evento sob pena de ter queda significativa em seu rendimento econômico, devem se modernizar e se preparar para esta difícil concorrente. Para se ter uma ideia da disparidade, os supermercados izabelenses sequer têm estacionamento que é básico, nossos carros ficam na rua, observo isso porque o estacionamento é uma das principais preocupações de qualquer empreendimento em grande cidade, e é esta mentalidade comercial que vem disputar espaço com o Imperial e o Paraense que ainda tem estrutura de supermercado de interior, tem concepção paltada na mentalidade da Santa Izabel antiga, praticamente só deram o primeiro passo na cadeia evolutória dos supermercados, tiraram o balcão da frente das prateleiras, esse foi o primeiro passo evolutório do antigo empório ou taberna para a concepção de supermercado, onde as pessoas não precisaram mais pedir no balcão, passaram a ir buscar nas prateleiras. Em Santa Izabel, os comerciantes que não acompanharam, a evolução da mentalidade do comércio quebraram. Cito aqui alguns nomes de comerciantes da Santa Izabel antiga que não acompanharam a evolução e faliram, eram uns dos mais fortes da cidade: Pedro Miranda, Dezinho, Terto, Santino Gonçalves. Meu avó dizia que se o pessoal passasse para dentro, iam roubar, reflexo da mentalidade. O comércio do Terto no mercado municipal é um fóssil desta época, vale a pena revisitar com este olhar.

Um outro passo evolutório está sendo dado agora, a vinda definitiva da Yamada inaugura uma nova evolução no comércio izabelense, quem não se adequar pode ficar para trás. Pode, com sorte, virar fóssil também, ou como outros, desaparecer.

Observo que o Tarzan fez uma boa modificação no Imperial, construiu um novo prédio, porém essas modificações ampliaram o Imperial, mas não o modernizaram, não tem refrigeração de ar por exemplo, o prédio não tem elevador, precisa, é alto. Hoje os brasileiros podem e querem pagar por estas regalias, caso contrário, porque o izabelense sairia de Santa Izabel para comprar no Líder, na Yamada ou na Belém Alimentos, muita gente faz isso. Chega de corredores estreitos onde nós nos apertamos dia de sábado, eu até evito fazer compras dia de sábado em Santa Izabel.

Porém a pior falha na concepção do projeto do Imperial foi não ter previsto um estacionamento, é uma concepção que ao meu ver reflete o momento de transição que eu afirmo Santa Izabel está vivendo, na Santa Izabel antiga não havia necessidade de estacionamento para veículos em nossas ruas, eram tão poucos os carros. A Santa Izabel do futuro necessitará sem dúvida alguma. Aplicando isso ao caso do imperial há a constatação da tese, por outro lado como se amplia um empreendimento sem se pensar no estacionamento? Percebam esta concepção.

O Paraense é pequeno, o Gílson sabe disso, não comporta mais seu público, por isso ele está preparando-se para dar início a sua reforma. Creio que ele esteja atento a essa modificação em nossa sociedade e  às novas necessidades do consumidor izabelense.

Apesar de o pensamento de esquerda ser absolutamente contra o capitalismo, eu continuo percebendo suas mazelas, mas hoje, neste novo grau de consciência em que me encontro, percebo seus fascínios também e como ele é importante para que tenhamos o modo de vida que temos e que eu adoro, apesar das injustiças sociais. O capitalismo obriga a adaptação, força a evolução social como previu Durkhein.

Sei que nossos principais empresários do ramo estão atentos a isso e não serão ultrapassados pela história.