HÁ ALGO DE PODRE NO REINO DA ÚLTIMA FLOR DO LÁCIO

O ensino de Língua Portuguesa parou no tempo, não só no ensino público, como muitos logo associariam tal afirmativa, entrementes na sua completude (claro que devem existir ilhas de exceção como em toda boa regra). Como podemos afirmar isso? Que elementos dão suporte a tão contundente afirmação? Tem base empírica isso?
Como resposta aos questionamentos, digo apenas que não sei, pois busco ser como um filósofo antigo que existiu, analfabeto, não sabia ler nem escrever, mas sabia questionar como ninguém, e com seus questionamentos destruir e criar verdades. Não viso aqui o labor do empirismo científico, dessa explicação tão fundamentada, viso apenas à reflexão.
Alguns dados podem nos dar provas do que afirmo (não científicas).
Se a escola brasileira ainda ensina como conceito de substantivo que é a palavra que dá nome aos seres, como esperar que a criança brasileira saiba o que é um substantivo? Esse exemplo simples nos mostra o quanto o ensino da gramática ainda está preso a suas origens clássicas, mais precisamente na Grécia, poupemos Varrão e os latinos, onde iniciou-se o estudo da gramática. Como os primeiros a pensá-la eram filósofos, em seus conceitos predominavam explicações de cunho semântico, esses conceitos geraram questões filosóficas, não certezas lingüísticas. Por exemplo: no sintagma “o nada” a palavra nada é sem dúvida um substantivo, no entanto não é um ser, é antes um não ser, uma ausência de ser, apesar de que alguns defendam que o “nada” é um ser. Perceba, a questão deixou de ser do escopo do estudo de língua e passou a ser do escopo da Filosofia.
Na minha ignorância, percebo que até hoje no Brasil se ensina gramática assim, como os gregos a inventaram. Nessa forma de ensinar, há predominância do uso da semântica como base das explicações conceituais. O critério semântico é bom, no entanto é muito perigoso e traiçoeiro, nos leva facilmente ao erro é um digno canto da sereia.
DAREI EXEMPLIFICAÇÃO SOBRE ESSE CANTO DA SEREIA.