Jader já decidiu: não apoia Ana Júlia. E não irá a comício.

Jader Barbalho já decidiu.
Ele, pessoalmente, não apoiará a governadora Ana Júlia neste segundo turno.
Quanto ao PMDB, que Jader preside regionalmente, há duas alternativas em cogitação: anunciar publicamente o apoio à candidatura do tucano Simão Jatene ou liberar toda a tropa, para que cada um embarque na candidatura que melhor achar conveniente.
Se o anúncio a Jatene for público, ainda não está certo como será feito: se o próprio Jader o fará, se indicará uma pessoa em seu lugar ou se o partido vai se manifestar numa nota oficial.
O presidente regional do PMDB, que no momento se encontra em Brasília, também já decidiu: não participará, hoje à noite, do comício em Ananindeua que reunirá o presidente Lula, a candidata a presidente pelo PT, Dilma Rousseff, e a governadora Ana Júlia.
Jader, nos encontros mantidos em Brasólia, tem reafirmado seu compromisso de apoiar apenas a candidatura de Dilma, mas não a de Ana Júlia.
O empecilho para a adesão do presidente do PMDB não é propriamente o PT, com o qual, na média, mantém um bom relacionamento, uma relação de respeito recíproco.
O problema de Jader é exclusivamente com a DS, assim conhecida a Democracia Socialista, tendência minoritária do PT que tem, entre seus mais notórios integrantes no Pará, a própria Ana Júlia, o ex-chefe da Casa Civil, Cláudio Puty, deputado federal eleito, e os secretários irmãos Marcílio e Maurílio Monteiro. Os três exercem incomparável e incontrastável influência sobre a governadora e formam o que ficou conhecido como
núcleo duro, hoje tentando de todo jeito tentando amolecer o PMDB para que adira à candidatura da governadora.
Jader, segundo o poster ouviu há pouco de fontes seguras do PMDB, não esquece as hostilidades públicas de gente da DS contra ele.
Não esquece, sobretudo, de
afirmação – pública e de grande impacto – feita por escrito pelo então secretário Cláudio Puty, no auge das tensões entre PT e PMDB, quando ambas as legendas ainda eram aliadas e estavam à beira do rompimento, depois consumado. “O PT não vai se intimidar. Não tememos arreganhos, cara feia. A aliança com o PMDB não é cláusula pétrea no PT”, escreveu Puty.
Jader tem ainda confiança no PT.
Mas não tem a menor confiança nos petistas da DS.
Essa é uma das razões mais fortes de já ter, inclusive, sinalizado sua posição.
Isso tem ocorrido com os anúncios dos deputados peemedebistas Simone Morgado, Josefina Carmo, José Priante,
Parsifal Pontes e Asdrúbal Bentes, que já aderiram de mala e cuia à candidatura tucana.
No tabuleiro de xadrez, esses anúncios configuram um movimento concertado (com “c” mesmo), combinado, programado, autorizado pelo próprio Jader.
E Helder Barbalho, o prefeito peemedebista de Ananindeua, filho de Jader e um dos coordenadores da campanha da petista Dilma no Estado?
Também não irá ao comício de hoje à noite.
Até ontem, segundo fonte segura informou ao blog, Helder dizia que não iria porque “ainda não fui liberado pelo partido”.
Pois até agora, no momento em que está sendo feita esta postagem, ele ainda não foi “liberado pelo partido”.
O prefeito receberá o presidente Lula na condição de prefeito de Ananindeua, mas não o acompanhará no palanque.

fonte:espaço aberto