Um alerta para as mulheres!Câncer de mama...

     Há vários meses venho presenciando o que a falta de uma boa prevenção é capaz de reproduzir na vida,na cabeça e no corpo de uma pessoa...não é fácil perder uma vida apenas porque não se teve tempo de perder tempo indo ao médico periodicamente ou fazendo um auto exame na hora do banho!Nossa pressa cotidiana (...temos sempre algo muito importante pra fazer...um remedinho caseiro pra ajudar...) nos impede de raciocinarmos com a lógica exata da vida: saúde + prevenção = maior qualidade e longevidade de vida!!!Deixamos sempre para última hora,quando realmente achamos que aquele "probleminha" não vai melhorar...por isso estou mandando um alerta para as mulheres do planeta...PREVINAM-SE...câncer de mama tem cura,mas só se for tratado precocemente,caso contrário o efeito é devastador!!!Leia o artigo abaixo e faça a sua parte!!!



Neste Artigo: Câncer de Mama
"O câncer de mama (Ca de mama) é a segunda forma mais comum de câncer nas mulheres americanas, perdendo apenas para os cânceres de pele. No Brasil, o câncer de colo de útero é ainda muito freqüente, diferentemente dos EUA. Aproximadamente 180.000 novos casos de câncer de mama são diagnosticados por ano nos EUA sendo responsáveis por cerca de 48.000 mortes anualmente, sendo a segunda causa de morte por câncer, perdendo apenas para o câncer de pulmão. Após um crescimento de 4% ao ano na década de 80, a incidência tem-se mantido atualmente em 110 casos por 100.000 pessoas por ano. As formas de rastreamento estão modificando à medida que se conhece mais sobre a história natural da doença. Devido ao maior conhecimento dos sinais e sintomas dessa doença e do uso da mamografia de rastreamento, tem-se conseguido diagnosticar cada vez mais as formas iniciais desses cânceres. Aprenda a fazer o auto-exame, a prevenção é a melhor maneira de evitar esta doença". Um estudo de revisão dos aspectos clínicos (sintomas, sinais e exame físico) e de exames laboratoriais foi feito pela Dra. Lecia M. Apantaku da Faculdade de Medicina de Chicago – Finch University of Health Sciences – EUA. Nesse estudo ela expõe a atualidade destes aspectos enfatizando a importância da observação e cuidado das próprias mulheres para com suas mamas como a melhor forma de prevenção e/ou descoberta precoce. Um resumo do mesmo foi publicado na revista médica American Family Physician.

Aspectos DemográficosO índice de Ca de mama cresce à medida que se envelhece, sendo que as mulheres brancas têm maior chance de desenvolvê-lo. Entretanto, as negras têm uma maior incidência do que as brancas antes dos 50 anos. É importante lembrar que 1% dos Ca de mama acomete homens, por isso eles devem procurar auxílio quando perceberem alguma alteração.

Fatores de RiscoVários fatores de risco bem estabelecidos estão associados ao desenvolvimento de Ca de mama, mas é muito importante ressaltar que muitos casos ocorrem sem nenhum fator de risco identificável:

- Idade: maior que 50 anos (observação:mulheres cada vez mais jovens estão adquirindo a doença).

- História familiar: parentes do primeiro grau (mãe, filha, irmã) especialmente se o Ca foi diagnosticado antes da menopausa (risco 3 a 4 vezes maior). A presença de vários parentes de segundo grau pode aumentar o risco, mas ainda não foi quantificado;

- Exposição hormonal (leva a maior multiplicação de células mamárias o que predispõe a um maior número de mutações) – situações em que a mulher se expõe um maior tempo ao estrógeno, seja através de ciclos menstruais fisiológicos ou através de hormônios sintéticos: primeira menstruação antes de 12 anos, última menstruação com mais de 50 anos, ausência de gravidez ou primeira gravidez depois dos 30 anos. O uso de anticoncepcionais por menos de 10 anos não mostrou aumento do risco e o uso de reposição hormonal pós-menopausa apesar de ter demonstrado um certo aumento do risco, porém a reposição tem mais benefícios.

- Genética: somente 8% de todos os Ca de mama são considerados hereditários. A metade desses são devidos à mutações em dois genes – BRCA1 e BRCA2. Ocorrem mais em mulheres antes da menopausa. O aconselhamento genético é ainda controverso, podendo gerar muita ansiedade na mulher, sendo que não tem um valor prognóstico certo.

- Biópsia prévia com hiperplasia atípica: essa alteração apesar de ser benigna, tem uma maior tendência para evoluir para Ca de mama;

- Passado de Ca de mama já tratado

- Dieta:
parece haver uma relação entre dieta rica em gorduras e Ca de mama, mas ainda não há comprovação certa.

- Exposição à radiação ionizante

Sinais e Sintomas

- Nódulo ou massa mamária:
é a principal queixa em mamária que leva as mulheres ao médico. Entretanto, 90% são causadas por alterações benignas. Massas de consistência de borracha e macias estão geralmente relacionadas com fibroadenomas em mulheres entre 20 e 30 anos e cistos em mulheres entre 30 e 40 anos, ambas alterações benignas. Nódulos malignos são geralmente solitários, discretos, duros, sem aumento de sensibilidade local, em uma única mama, podendo em alguns casos estar aderido à pele ou parede muscular localizada debaixo da mama.

- Dor mamária: também chamada de mastalgia, é raramente associada com Ca de mama e está geralmente relacionada com alterações benignas pré-menopausa ou em mulheres na pós-menopausa recebendo reposição estrogênica. A dor nesses casos está presente juntamente com um inchaço mamário.

- Eritema (vermelhidão da mama), edema (inchaço da mama), retração da pele ou do mamilo estão comumente associados com Ca de mama.

- Secreção do mamilo: é considerada suspeita principalmente quando acompanhada de uma massa, vem de um único ducto, é espontânea e sanguinolenta. Na suspeita, faz-se mamografia e ductograma. Secreção verde ou preta e que vem de mais de um ducto habitualmente é normal. Em caso de secreção láctea bilateral deve-se procurar a causa da produção de prolactina.

DiagnósticoAs mulheres assintomáticas e sem história familiar, maiores de 20 anos devem ser orientadas para realizarem o auto-exame das mamas mensalmente. Aquelas entre 20 e 30 anos além de fazê-lo, devem ir ao ginecologista de 3 em 3 anos para um exame médico. Mulheres acima de 40 anos devem continuar fazendo o auto-exame mensalmente, ir ao médico e realizar uma mamografia anualmente. Caso haja fatores de risco, essa rotina deve ser modificada.

É importante lembrar que qualquer massa mamária percebida durante a gravidez deve ser investigada devido ao fato de 2% dos Ca de mama ocorrerem na gravidez.

O Auto-exame :
O auto-exame é um método de diagnóstico onde a própria mulher faz, em frente a um espelho, um exame visual de suas mamas e em seguida faz a palpação de ambos os seios.
É portanto uma forma simples de se prevenir de uma doença séria.
Fazendo-o regularmente, a mulher conhece melhor suas mamas, seu volume, a textura do tecido mamário e possíveis alterações que ocorram no período do ciclo menstrual. Assim, tem condições de perceber melhor qualquer alteração que se apresente, e, conseqüentemente, procurar o médico antes que qualquer doença mais grave se desenvolva.
O auto-exame deve ser instruído pelo ginecologista ou por outro profissional da área médica. Este deve ser feito mensalmente, uma semana após a menstruação, pois as mamas estão menos inchadas e doloridas nesta fase do ciclo. As mulheres que não menstruam mais devem escolher um dia do mês para realizar o auto-exame (por exemplo, todo dia 15). O importante não é o dia em que o auto-exame deve ser feito, mas sim que ele seja realizado regularmente a cada mês.
Qualquer alteração verificada pelo auto-exame deverá ser comunicada com brevidade ao ginecologista ou mastologista, que é o médico especializado em doenças da mama. 
Na frente do espelho

Primeiro fique em pé em frente ao espelho e examine atentamente suas mamas. Observe a forma, a cor e a textura da pele.
Em seguida, levante os braços devagar observando atentamente a imagem projetada no espelho para verificar se há mudanças na forma ou no contorno dos seios.
Agora, coloque as mãos na cintura, contraia os músculos do peito de modo a empurrar as mamas para frente, (sentindo o esforço dos músculos peitorais), e observe novamente se há mudanças na forma ou no contorno dos seios; 
No chuveiro:






Levante seu braço esquerdo e coloque a mão atrás da cabeça. Com a mão direita ensaboada junte os dedos e vá apalpando o seio esquerdo, comprimindo-o contra o tórax. Com as mãos ensaboadas elas deslizarão suavemente sobre a pele molhada.
Nesta apalpação usar as polpas digitais, fazendo movimentos circulares ao redor do seio, verificando cada parte do mesmo. Não fazer o movimento de “pegar alguma coisa com os dedos”, pois o correto é usar as polpas digitais para pressionar levemente o tecido mamário contra o tórax e com isso “sentir” a presença de caroço ou endurecimento da mama.
Repetir a apalpação com a mama oposta: com o braço direito colocado atrás da cabeça, apalpar o seio direito com a mão esquerda, sempre fazendo movimentos circulares ao redor do seio, pressionando cada parte do mesmo; 
Deitada na cama:

Deite-se de costas em uma posição confortável e coloque um travesseiro debaixo de seu ombro direito. Com a mão esquerda examine toda a sua mama direita  e depois inverta o processo fazendo o mesmo com a mama oposta, sempre com movimentos circulares ao redor do seio. Por último, aperte delicadamente seus mamilos (bico do seio) e observe se sai algum líquido.
Comunique com brevidade ao seu médico se você notar qualquer anormalidade verificada pelo auto-exame, tais como:
·        Mudanças na forma ou coloração das mamas;
·        Nódulos ou caroços;
·        Pele tipo "casca de laranja";
·        Presença de líquido ou secreção que sai dos mamilos




Não Entre em Pânico:
Lembre-se que a maioria dos nódulos encontrados nas mamas são tumores benígnos, como por exemplo os cistos e os fibroadenomas.
Os cistos são nódulos dolorosos que aumentam de volume antes da menstruação e os  fibroadenomas são nódulos móveis à apalpação que podem ser facilmente retirados por meio de uma pequena cirurgia, geralmente feita com anestesia local.
Lembramos que o auto-exame da mama é apenas uma das três maneiras recomendadas para identificar o câncer da mama em seus estágios iniciais. É preciso enfatizar a necessidade de também ser feita a consulta médica anual para orientação preventiva e a mamografia.

MamografiaA mamografia de rastreamento é o exame apropriado para as mulheres assintomáticas e tem sua maior importância na faixa etária de 40 a 75 anos. A mamografia diagnóstica é realizada naquelas mulheres com sinais e/ou sintomas presentes. A importância desse primeiro exame (rastreamento) reside no fato de ter o Ca de mama uma mortalidade muito menor quando descoberto precocemente. É importante lembrar que existe a possibilidade de resultados falso-positivos na mamografia, especialmente em mulheres novas. Além disso, 10% a 15% de todos os Ca de mama não são detectados na mamografia. Uma massa palpável que não é vista na mamografia deve ser estudada com outros exames (ultrassonografia e biópsia com agulha fina).

UltrassonografiaO ultrassom ajuda na diferenciação entre uma massa sólida e uma massa cística (que contém líquido) quando uma massa palpável não é vista na mamografia. É também muito útil em mulheres novas com tecido mamário denso. Não deve ser utilizada como método de rastreamento.

BiópsiaA biópsia é a retirada do tecido (parcial ou total) que forma o nódulo ou massa que se está estudando com a ajuda da mamografia ou ultrassonografia. Assim, o tecido poderá ser estudado microscopicamente através de lâminas preparadas no laboratório. Existem basicamente três tipos de biópsia que varia de acordo com a quantidade e a qualidade do tecido a ser estudado. Assim, pode-se fazer uma biópsia por aspiração com uma agulha fina, com uma agulha mais grossa ou uma pequena cirurgia para retirar toda a massa ou nódulo para que possa ser estudado como um todo. Por isso, o fato de se fazer uma biópsia não significa Ca de mama!

Conclusão
Com as informações acima, espera-se que as leitoras possam ter ficado mais familiarizadas com tais questões e que mais dúvidas possam ter surgido, pois somente através delas é que a curiosidade e o conhecimento podem aflorar. Procure regularmente seu ginecologista ou médico de família para uma prevenção adequada.

Fonte: American Family Phisycian August 1-2000 (BLOG HOJE EU TÔ ASSIM)