PMDB nacional sugere que o STF “joga” com o PT para Paulo Rocha assumir

 

Reunida na tarde de hoje, 23, a Comissão Executiva Nacional do PMDB, sob a direção do senador Valdir Raup (PSDB PMDB-RO), com a presença do presidente do Senado, José Sarney, emitiu nota de apoio ao senador eleito Jader Barbalho (PMDB-PA), denunciando um suposto jogo político do Supremo Tribunal Federal (STF), colimado com o Partido dos Trabalhadores, para, em detrimento de Jader Barbalho, dar posse a Paulo Rocha (PT-PA), o terceiro mais votado na eleição de 2010.
A Comissão Executiva do PMDB alega que o STF estaria usando "dois pesos e duas medidas", já que outros parlamentares enquadrados na Lei da Ficha Limpa já foram empossados.
O senador Wellington Salgado declarou que está claro o “jogo” do STF com o PT: “Qual é o grande jogo? Acabar com o PMDB. O Supremo tirou dois senadores do PMDB ( Wilson Santiago e Gilvan Borges) e impede dois dos nossos de assumir (Jader Barbalho e Marcelo Miranda). Não querem o PMDB grande no Senado. É uma coisa orquestrada. O Supremo está agindo politicamente para dar a vaga ao PT.”.
O presidente José Sarney veio no mesmo tom: “Se a Lei da Ficha Limpa não entrou em vigor para os outros, porque só entrou para Jader?”.
O STF sempre se tem dividido no que já virou o “Caso Jader Barbalho”: coincidência ou não, só aprecia o específico processo quando “parece saber”, que vai dar 5 x 5, o que acaba sendo uma forma oblíqua de procrastinar uma decisão.
No último julgamento soou específico demais o acompanhamento do ministro Fux ao voto do relator: foi Fux quem selou a impertinência da Lei da Ficha Limpa para a eleição de 2010, quando havia, de sobra, como demonstrou o decano da Corte, Celso Mello, julgados do próprio STF autorizando a procedência dos embargos reclamados.
Os ministros Gilmar Mendes e Marcou Aurélio Mello, também, têm questionado, abertamente, esta ambiguidade do STF.

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