Não só de votações de títulos honoríficos e pleonasmos legais vivem os momentos infrutíferos dos parlamentos estaduais.

A deputada estadual baiana, Maria Luiza Carneiro (PSD), deu outra serventia à tribuna, ao usar o horário do grande expediente do parlamento baiano para declarar que estava se separando do seu esposo, o prefeito de Salvador, João Henrique (PP), porque ele a traiu com a subsecretaria de Saúde do município.

“Na última crise, após um longo período de desgaste, sugeri uma reflexão do relacionamento ao meu esposo, João Henrique. Acreditava estar buscando a harmonia e a cumplicidade do nosso relacionamento. Retornando de uma viagem, sete dias depois, tomei conhecimento do relacionamento extraconjugal de João Henrique com a subsecretária de Saúde, Tatiana Paraíso”, discursou Maria Luiza, para um atencioso plenário.

E completou, para demonstrar a propriedade da sua decisão: “Era ela quem nos medicava. Ela deixou o marido para assumir a relação com o João Henrique”.

A deputada Maria Luiza também aproveitou para desfazer boatos que corriam sobre a sua própria fidelidade, colocada em dúvida por um mexerico da revista “Época”: “Tais comentários já aconteceram antes e mantive a tranquilidade e desconsiderei por julgar absurdo. Mas, nunca tive e não tenho nenhum caso. Sempre conduzi a minha vida de forma coerente com os meus princípios morais e religiosos.”.

E aí tocou a campainha do tempo.