Foi uma geral surpresa a presença da ex-ministra e ex-candidata
à presidência da República, Marina Silva, como convidada oficial do Comitê
Olímpico Internacional (COI), no desfile da cerimônia de abertura da Olimpíada
de Londres, ontem (27).
A entrada de Marina foi triunfal: ela empunhava, juntamente com
celebridades internacionais, como o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o
maestro argentino Daniel Barenboim, o eterno boxeador Muhammad Ali e recebedores
de prêmios Nobel, a bandeira com os anéis olímpicos.
> Delegação oficial brasileira ensaiou crise
diplomática
A reação da delegação oficial brasileira foi de surpresa e
certo constrangimento (pura inveja).
A nossa chancelaria reclamou que o COI deveria ter comunicado
que Marina desfilaria. A presidente Dilma, com quem Marina teve desinteligências
e a quem Marina debita a sua saída do Ministério do Meio Ambiente, engoliu o
triunfo a palo seco.
> Aldo Rebelo: "fazer o quê?"
O único que encaixou o capote com cortesia foi o ministro do
Esporte, Aldo Rebelo que reagiu sucumbindo às circunstâncias: "Marina sempre
teve boa relação com as casas reais da Europa e com a aristocracia europeia. Não
podemos determinar quem as casas reais escolhem, fazer o quê?"
> Planalto não pode apagar adversários como fazia
Stalin
O COI é um comitê supranacional, e mesmo que não fosse, não é
possível ao Brasil determinar quem deve ser escolhido para o que em eventos
diversos, ou o PT vai agora querer fazer listas de convidados no mais perfeito
estilo stalinista?