O Senado da República cassou hoje (11) por 56 votos a favor, 19
contra e 5 abstenções, o mandato do agora ex-senador Demóstenes Torres, que
passa ser o segundo senador cassado, pelos próprios pares, em 188 anos de
história do Senado. O primeiro foi Luiz Estevão, cassado em 2000.
> De portal da moralidade a cúmplice de
contravenções
A peculiaridade do "Caso Demóstenes" é que ele era um dos
expoentes da dita "bancada ética" do Senado e se acabou revelando como um dos
principais articuladores políticos do esquema criminoso comandado por Carlinhos
Cachoeira, desmontado pela "Operação Monte Carlo", da Polícia Federal.
> Suplente é o ex-marido da atual mulher de
Cachoeira
Com a cassação, Demóstenes Torres, à luz da "Lei da Ficha
Limpa", está inelegível até 2027 (8 anos após o término da legislatura para o
qual foi eleito).
O 1° suplente de Demóstenes, que assumirá a vaga aberta, é o
atual secretário de Infraestrutura de Goiás, Wilder de Morais, ex-marido da musa
da "CPMI do Cachoeira", Andressa Mendonça.
A vida é mesmo assim: Morais perdeu a mulher para o Cachoeira,
mas em compensação, ganhou um mandato de senador e foi o único que se deu bem,
até agora.