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Alfonso Cano, comandante em chefe das FARC é abatido em combate

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Alfonso Cano, que depois da morte do mítico Manuel Marulanda tornou-se o líder das tinhosas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, conhecidas mundialmente pela sigla FARC, não realizará o sonho do seu antecessor de marchar pelas ruas de Bogotá, depois de derrubar o governo, como fez Fidel em Havana.
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos anunciou, ontem à noite, que o comandante Cano, 63 anos, foi abatido na manhã de ontem, 04, durante acirrado combate no qual tentava, na companhia de mais 14 guerrilheiros, furar o cerco que o exército colombiano lhe impôs nas montanhas de Cauca, no sudoeste do país.
Com certeza, Cano foi traído: um dos seus deve ter passado ao establishment colombiano a localização do bunker, nas escarpas das montanhas de Cauca.
O presidente anunciou a baixa capital na guerrilha em rede nacional, quando apelou aos guerrilheiros que deponham as armas: “este golpe é uma confirmação de que o crime não compensa, a violência não é o caminho. Desmobilizem-se porque, do contrário, terminarão em uma cela ou em um túmulo”, admoestou.
No bunker de Alfonso Cano foram recolhidos seus pertences pessoais, sete computadores e US$ 102 mil.
O primeiro golpe capital nas FARC foi a morte do seu fundador, em 2008. Aos 78 anos, um ataque cardíaco abateu o romântico General Pedro Maríno, cujo nome de guerra era Manuel Marulanda, ou “El Tirofijo” (O tiro certeiro), pois, segundo os que conviviam com ele, Marulanda não errava um tiro.
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Há muito eu não mais empresto suporte ideológico às FARC. Considero que os meios hoje adotados para lhes prover subsistência, não justificam o fim a que se propunham em 1964, quando se embrenharam nas selvas colombianas.