O jornal londrino “The Telegraph” reportou ontem (24) que a
Scotland Yard tem ordens para prender Julian Assange “em quaisquer
circunstâncias”.
> As instruções da Yard
O “Telegraph” fotografou a ordem na prancheta de um policial
que rondava o prédio onde fica a embaixada do Equador, onde Assange se encontra
sob custódia diplomática.
Lavra a ordem que “Assange deve ser preso sob quaisquer
circunstâncias” e que ele poderá “sair como bagagem diplomática, em bagagem
diplomática ou em veículo diplomático”.
A reportagem foi interpretada como uma intenção da Justiça
Britânica de violar a imunidade diplomática do Equador, mormente depois que o
próprio Asange denunciou que a Yard teria tentado invadir a embaixada na semana
passada.
> Violação de santuário seria um grave erro
Não creio que a Inglaterra, berço da democracia
parlamentarista, tenha tentado invadir a embaixada, embora lhe seja direito e
dever (há um mandado judicial) impedir a fuga de Assange.
Creio menos ainda que a Inglaterra rasgue os protocolos de
Viena, de cuja convenção é signatária, pois as consequências de tal atitude
seriam o imediato isolamento da chancelaria britânica: as embaixadas e seus
acessórios diplomáticos são santuários que não devem ser violados em
circunstância alguma.
> Comunicado é alerta para diversionismos
O alerta referente a bagagem diplomática supõe que o Equador
poderá embalar Assange em uma mala, ou o que o valha, para retirá-lo do prédio
até um veículo diplomático: nesse momento, então, ele poderia ser preso, pois ao
sair da embaixada para entrar no veículo estaria em solo inglês.
Mas uma vez no veículo, Assange voltaria a estar protegido pela
imunidade, por isso a Yard alerta seus policiais para possíveis diversionismos e
não para desrespeitar imunidades diplomáticas.
Assim espero.
Blog do Parsifal
COMENTÁRIO DO BLOG
O Parsifal esta´ corretíssimo, a Inglaterra jamais jogaria no mármore do inferno sua linda historia politica, o primeiro documento a garantir direitos individuais foi na Inglaterra em 1215.