GOLPE MILIONÁRIO EM BELÉM

Policiais civis da Divisão de Investigações (Dioe) e integrantes do Grupo Especial de Prevenção e Repressão às Organizações Criminosas (Geproc) do Ministério Público do Estado do Pará (MPE) prenderam em Belém, na manhã de ontem (8), integrantes de uma quadrilha que tentava sacar R$ 2,3 bilhões do Banco do Brasil.
Segundo o promotor Milton Menezes, do Geproc, o empresário Antônio Valinoto Neto procurou o advogado Antônio Carvalho Lobo, que entrou com uma ação, utilizando documentação falsa, para que a Justiça determinasse o pagamento do valor. Valinoto e Juarez Correa apareciam como sócios no golpe.
Tudo começou quando Francisco Nunes Pereira abriu uma conta corrente no Banco do Brasil. Ele depositava um determinado valor e retirava um extrato bancário, depois falsificado. “O modo como essa falsificação era feita não sabemos ainda, mas hoje isso é muito simples de fazer. Eles falsificaram dois extratos, um no valor de R$ 900 milhões e outro de R$ 1,4 bilhão. Depois exigiam que o banco pagasse esse valor recorrendo à Justiça”, diz o promotor.
“Ele chegou a declarar o valor em uma declaração de imposto de renda de 2006, como se fosse um bem próprio. Mas esse dinheiro nunca existiu, alega o Banco do Brasil. Se fosse pago, com certeza a sucursal Norte do banco quebraria”, ressalta.
O golpe foi descoberto depois que o setor jurídico do Banco do Brasil entrou em contato com a Dioe para que investigasse o caso. O inquérito e as investigações foram conduzidos pela delegada Virgínia Nascimento com apoio do Geproc. As investigações começaram depois que a juíza Vera Araújo de Souza, da 5ª Vara Cível de Belém, autorizou o bloqueio do dinheiro depositado na conta de Francisco Pereira.(Diário do Pará)