Posted by BLOG DO BRUNO MARQUES in on 05:19
Policiais
civis da Divisão de Investigações (Dioe) e integrantes do Grupo
Especial de Prevenção e Repressão às Organizações Criminosas (Geproc) do
Ministério Público do Estado do Pará (MPE) prenderam em Belém, na manhã
de ontem (8), integrantes de uma quadrilha que tentava sacar R$ 2,3
bilhões do Banco do Brasil.
Segundo
o promotor Milton Menezes, do Geproc, o empresário Antônio Valinoto
Neto procurou o advogado Antônio Carvalho Lobo, que entrou com uma ação,
utilizando documentação falsa, para que a Justiça determinasse o
pagamento do valor. Valinoto e Juarez Correa apareciam como sócios no
golpe.
Tudo
começou quando Francisco Nunes Pereira abriu uma conta corrente no
Banco do Brasil. Ele depositava um determinado valor e retirava um
extrato bancário, depois falsificado. “O modo como essa falsificação era
feita não sabemos ainda, mas hoje isso é muito simples de fazer. Eles
falsificaram dois extratos, um no valor de R$ 900 milhões e outro de R$
1,4 bilhão. Depois exigiam que o banco pagasse esse valor recorrendo à
Justiça”, diz o promotor.
“Ele
chegou a declarar o valor em uma declaração de imposto de renda de
2006, como se fosse um bem próprio. Mas esse dinheiro nunca existiu,
alega o Banco do Brasil. Se fosse pago, com certeza a sucursal Norte do
banco quebraria”, ressalta.
O
golpe foi descoberto depois que o setor jurídico do Banco do Brasil
entrou em contato com a Dioe para que investigasse o caso. O inquérito e
as investigações foram conduzidos pela delegada Virgínia Nascimento com
apoio do Geproc. As investigações começaram depois que a juíza Vera
Araújo de Souza, da 5ª Vara Cível de Belém, autorizou o bloqueio do
dinheiro depositado na conta de Francisco Pereira.(Diário do Pará)