Iniciadas em julho, as paralisações dos servidores federais
incrementaram em agosto e, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores no
Serviço Público Federal (Condsef), a greve já atinge a Polícia Federal, o Incra,
a Anvisa, o Arquivo Nacional, a Receita Federal, os ministérios da Saúde, do
Planejamento, do Meio Ambiente e da Justiça e mais dez agências reguladoras.
> Ideli Salvatti: não é prioridade
Sem saber ao certo como lidar com o movimento sem borrar o
pretérito do lulo-petismo, a presidente Dilma navega nas brechas que encontra
para debelar o movimento sob a batuta de frases soltas a ermo, por membros do
governo: a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti declarou que “a
greve não é prioridade para o governo”.
Deveria ser, pois é insosso ao contribuinte pagar 370 mil
servidores federais sem que eles estejam prestando os serviços para os quais
foram contratados, mormente depois que se percebe que a maioria dos grevistas
fazem parte da elite salarial do funcionalismo federal: não é possível afirmar
que um salário de R$ 10 mil seja pouco.
> Governo começou a negociar ontem
Depois de quase dois meses, ontem pela manhã (14) a greve
passou a ser “prioridade” para o governo: após uma reunião com a presidente
Dilma, os órgãos que sofrem o movimento começam a receber os comandos para
“conversar”.