ALUNA DO ANTONIO LEMOS EM BRASÍLIA

CRIANÇAS E ADOLESCENTES COMO SUJEITOS HISTÓRICOS NO SEMINÁRIO NACIONAL DO FORUM DCA – Brasília, 11, 12 e 13 de Novembro/2010.


Mairã Soares, jovem militante de Bujarú, PA
Todos nós podemos nos enxergar nela.
Destaques do ativismo jovem no Seminário Nacional do Forum de Defesa dos Direitos Humanos de CA. O que dizer e escrever, se as palavras não bastam e não dão conta de saber o que exatamente lá aconteceu? Mesmo assim vale relatar de forma não tradicional e não tanto à moda dos adultos.



Não se pretende aqui dar um informe tipo jornalístico de linha lógico racional. Ousamos compartilhar a experiência como evento que emergiu provocado pelo olhar e audição, pelo contágio e emoção, pelo pensamento em movimento que nos lábios dos jovens se fazem ação.

São notas seminais, afinal era “seminário”. Tudo a ver com semente e germinação de novas flores. Também era testemunho sensato de muitos marcados pelo tempo em madura frutificação.

Aposta nos jovens aos quais dispomos nosso parco saber. Aqui vai uma inusitada “síntese” a partir do protagonismo que trazem dois nomes de jovens amazônidas que participaram do Seminário nos quais todos nós, vindos de outros Estados nos encontramos de corpo e alma, história e parceira intergeracional:




1. Alguns nomes de jovens presentes carregam histórias ancestrais, dança e música, jogos e cores que engendram a nova vida e a esperança. A jovem MAIRÃ na mesa final produz um barquinho de papel e fala da “inocência do olhar”. Barquinho frágil nas águas traiçoeiras dos rios da Amazônia, ao sol, brilhando e navegando nas águas choradas, que cintilam ostensivamente a luz contra a alienação da consciência e move um turbilhão de ações juvenis. “Inocência do olhar” como projeção do futuro que se sonha, tanto em Bujarú, no Pará e nesse Seminário, em Brasília. E Mairã nem falou do Movimento dos Sem Terrinha que resiste e já se junta para lá de 1.300 ativistas às margens dos rios e dos caminhos do seu município de origem e atuação. Olhar jovem que ainda crê encontrar nos adultos a parceria fiel na luta pelos DH de CA que visam lado a lado modificar a perversa criminalização que pesa sobre eles quando pobres. E o nome da jovem “MAIRÃ’, traz na raiz indígena a concretização do nome que já é ação. “À SOMBRA DO SOL” postada para um mundo com justiça que chega a todos na universalidade e na indivisibilidade dos Direitos Humanos. Barquinho que vai sempre a novos portos e ganhos, embora infinitamente navegando na correnteza que a utopia cria.

Fonte:http://rededca.blogspot.com/2010/11/criancas-e-adolescentes-como-sujeitos.html