Fidel ataca Obama e defende Brasil

O líder cubano Fidel Castro criticou o presidente americano, Barack Obama, por oferecer "como um rei mago" cadeiras no Conselho de Segurança (CS) da ONU, e defendeu a presença permanente do Brasil no órgão.
Em um artigo publicado nesta segunda-feira (15), Fidel destaca que Obama, em sua recente visita à Ásia para as reuniões do G20 e da Apec (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico), declara que Japão deve ocupar um assento permanente no CS, e promete apoiar a Índia na mesma direção.
- Obama, como um rei mago, anda distribuindo postos no CS das Nações Unidas, como se a ONU fosse propriedade sua. Quanto tempo ele acredita que pode manipular o mundo desta forma?
Segundo Fidel, a credibilidade dos Estados Unidos está moribunda e se refletiu nas reuniões do G20 e da Apec, semana passada, que se focaram na resolução da guerra cambial e recuperação da crise econômica. Para o comunista, Obama defende para o mundo um sistema social “incompatível com a vida da humanidade", em referência ao capitalismo.
- A reunião do G20 sobre a guerra cambial e a crise econômica terminou com um final feliz, como nos filmes do velho oeste que vinham de Hollywood quando éramos colegiais, e esse bla, bla, bla ganhou o Oscar.
Fidel defende representação da América Latina por Brasil
O cubano ainda teve fôlego em seu artigo para defender uma cadeira permanente do Brasil no CS, objetivo de longa data da diplomacia brasileira, apoiado por líderes como o presidente da França Nicolas Sarkozy, e o ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague.
- Ignoro se tão generoso oferecimento também foi feito ao Brasil, que deveria representar a América Latina e, inclusive, a África, no CS da ONU.
Formado por cinco membros permanentes com direito a veto (EUA, França, Reino Unido, Rússia e China), mais dez membros rotativos, o Conselho de Segurança é o órgão mais importante da ONU.
Embora os 192 países sejam representados na Assembleia Geral, é o conselho que toma as decisões mais importantes da instituição, como a criação de operações de paz e a imposição de sanções.