Um desafio hercúleo


Na vistoria que realizaram, no sábado, no Hospital Abelardo Santos, o governador Simão Jatene e o secretário de Saúde, Hélio Franco, deram de cara com equipamentos novos encaixotados e serviços que nunca funcionaram devido à falta de médicos.
Em 2006, ao assumir o Governo, Ana Júlia também se deparou com um acelerador linear empacotado no Ofir Loyola e com a falta de profissionais de Saúde, para o funcionamento de serviços importantíssimos à população.
É um quadro que, entra governo, sai governo, não melhora.
Porque a Saúde paraense é uma mistura explosiva: falta dinheiro, falta gestão, falta gente qualificada - e abundam vastos interesses e as “tenebrosas transações”...
É uma tarefa hercúlea para o nosso “pequeno grande homem”, Hélio Franco, já que outros grandes técnicos também passaram pela nossa Saúde – a falecida Elisa Viana e o doutor Vitor Matheus, por exemplo – sem conseguir desatar esses nós.
Sintomaticamente, quem mais durou no cargo foi Fernando Dourado.
Sintomaticamente...
Foi um excelente sinal Jatene ter optado pessoalmente por Hélio Franco, sem ingerências político-partidárias e “otras cositas mas”.
E é muito bom, também, que percorra as unidades de Saúde e converse com a população e os servidores.
Só mesmo a conquista de um apoio social cada vez mais adubado para, ao menos, atenuar um quadro tão complexo.
Porque apoio social significa pressão por mais verbas para o Pará, fiscalização pela população e pelas instituições, conquista de cada servidor público como um aliado essencial.
A Saúde já nocauteou petistas e tucanos - aí incluídos o próprio Jatene, em seu primeiro governo, e o grande médico e gestor público, Almir Gabriel.
Mas é preciso que melhore. E muito. E com “urgência urgentíssima”.
Até porque o que está em jogo não é nem "o sonho" e a esperança – é a vida mesma das pessoas.
 
Perereca da Vizinha