MOVIMENTO DE TROPAS

Enquanto o PT, na esteira da vitória de Dilma Rousseff, batia os tambores para alcançar espaços do PMDB e demais partidos aliados, o PMDB preparava a contra-ofensiva.
Na tarde desta terça-feira chegou a termo a maior operação interpartidária já ocorrida na história da República, que vinha sendo, em sigilo, capitaneada pelo PMDB há duas semanas.
O PMDB, PR, PP, PTB e PSC que juntos somam 202 deputados, fecharam a formação de um bloco parlamentar na Câmara Federal.
O líder do PP despista: alega que não tratou do assunto com os seus deputados e por isto não pode dizer que faz parte do bloco.
A formação de blocos parlamentares é permitida pelo regimento da Câmara Federal.
O superbloco do PMDB, composto de 202 deputados, regimentalmente, terá privilégios em relação às escolhas de cargos na Mesa Diretora da Casa, na formação das 20 comissões técnicas, na indicação das presidências dessas comissões, nas relatorias de proposições, nas presidências de comissões especiais como comissões parlamentares de inquérito (CPIs), entre outros.
O PT, em reação ao movimento do PMDB, corre atrás do prejuízo e, com 55 deputados, tenta providenciar um segundo bloco com o PSB, PCdoB, PPR e outros nanicos. Paralelamente, providencia a implosão da formação, pois sabe que ficará longe do tamanho do superbloco do PMDB.
Eu sempre digo: em Brasília, a surucucu menos venenosa tem duas cabeças.

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