Petista eleito, disposto a renegar o PT, procura o PCdoB

 

Mas vejam só!
Essas eleições produziram coisas interessantes.
Tem até petista eleito arrependido.
Arrependido de continuar no PT.
Tem até petista eleito disposto a renegar.
A renegar o PT.
Tem até petista eleito que está tentado a, como se diz, virar a casa.
A trocar de camisa.
A trocar a camisa do PT pela do PCdoB.
Fechadas as urnas, tem petista eleito que não aguenta mais ser olhado por outros petistas – trocentos outros – com olhares enviesados.
Fechadas as urnas, tem petista eleito que não suporta mais ser apontado como o vilão da derrota da governadora Ana Júlia.
Fechadas as urnas, um petista eleito, certo de que meio partido, convicto de quase todo o PT está com ódio no coração dele, mandou uma secretária de Estado procurar liderança do PCdoB.
Pois a secretária procurou a liderança pecebista.
Não só procurou como levou a proposta do petista eleito.
Ele queria saber se, uma vez encerrado o prazo legal que o proíbe de trocar de partido – para não enquadrado na lei da fidelidade partidária -, poderia deixar o PT para se transferir de mala e cuia para o PCdoB.
Mas a proposta de transferência embutia uma outra, digamos, complementar.
O petista eleito – o arrependido, o disposto a renegar seu partido, o que não aguenta mais ser confrontado com olhares enviesados e cheios de hostilidade – queria saber se, além de ser acolhido no PCdoB, a nova legenda poderia garantir que ele vai ser o candidato comunista na eleição para prefeito de Belém no próximo ano.
Até agora, os sinais do PCdoB não são muito animadores para o petista disposto a renegar seu partido.
O partido até admite acolher o petista eleito arrependido.
Quando a tê-lo como canididato a prefeito de Belém...
Isso já é uma outra história.
Ou já são outras histórias, quem sabe.
 
fonte: espaço aberto