Após ataque a MasterCard, Hackers pró-Wikileaks derrubam site da Visa

Empresas de cartões de crédito bloquearam doações para o WikiLeaks.
Grupo 'Anonymous' coordenou ataques por meio de redes sociais.


Hackers atacaram nesta quarta-feira (8) a rede de computadores da empresa de cartões de crédito MasterCard, em retaliação ao bloqueio de doações para o site WikiLeaks. No início da noite, os ativistas do grupo "Anonymous" (em inglês, anônimo) anunciaram que iriam passar a atacar o site da Visa, que também ficou fora do ar.

Os sites das redes de cartão de crédito estão entre os vários atacados pelo "Anonymous", que ameaçou punir as empresas que deixaram de prestar serviços ao site WikiLeaks – centro de polêmica após divulgar documentos da diplomacia dos EUA.

O ataque foi coordenado por redes sociais, como Facebook e Twitter, além de páginas de discussão como o 4chan - um dos epicentros da cultura digital contemporânea e local onde foi formado o Anonymous - e redes de chat via protocolo IRC.Os pagamentos feitos por usuários da empresa de cartões de crédito foram prejudicados. A Mastercard afirmou que os ataques não afetaram o sistema de pagamentos, mas segundo a rede britânica BBC, clientes de pelo menos uma companhia disseram ter enfrentado uma queda completa do sistema.

A empresa, que não quis ter o nome revelado, afirmou que o serviço de autenticação de pagamentos online, conhecido como Mastercard's SecureCode, deixou de funcionar.
O Anonymous, que assumiu a autoria do ataque, é um grupo de hackers ativistas que diz já ter atingido diversos alvos - incluindo o site dos promotores que acusam o fundador do Wikileaks, Julian Assange, de estupro.
Mais cedo, o funcionário Doyel Maitra, da Mastercard, havia dito que o site corporativo da empresa - Mastercard.com - estava enfrentando um 'tráfego pesado', mas que continuava acessível.
"Estamos trabalhando para restabelecer a velocidade normal do serviço. Não há impacto algum na capacidade dos usuários dos cartões Mastercard ou Maestro de usar seus cartões para transações seguras."