KEKO

Ontem disse que tinha muita coisa a dizer sobre a reunião do Comitê Amo Americano. Não sabia por onde começar, então decidi que começaria por onde minha consciência me impelisse, por isso começarei sobre minha observação sobre o Keko.

Não posso dizer que conheço o Keko, tivemos uma relação partidária no PT. Esta relação me deixou uma imagem de um homem que não encarava o debate, nas reuniões do PT que eram calorosas, nunca vi o Keko questionar, polemizar. Compreendia que aquela atitude poderia ser uma estratégia para não se desgastar com as tendências adversárias ao nosso grupo.

Eu costumava dizer para o Diego: "O Keko não fala!"

O Diego foi para a reunião comigo, no carro eu disse a ele para não falar, porque eu queria ouvir o Keko debatendo pela primeira vez. Como sempre o Diego não me ouviu, em compensação o Keko falou, e falou muito, dominou a oralidade da reunião. Seu discurso apresentou convicção, clareza, emoção; gesticulou com as mãos muito bem, apresentou-se como um bom orador, foi capaz de transmitir o que sentia. Consegui sentir em sua oração, verdade. Mostrou-se uma pessoa preparada para o debate político do ponto de vista mental.

Quando o Keko me pediu apoio na sua indicação para vice do Marió na véspera da convenção na última eleição, eu o apoiei por simples conveniência política, éramos do mesmo grupo, porém, hoje, se fosse possível voltar no tempo, eu não o apoiaria mais por conveniência, eu o apoiaria por crença.