O IV Congresso Nacional do PT, havido ontem, 02, não trouxe novidades. Até que ensaiou um episódio adventista, quando tentou pautar a posição do partido pela extinção do Senado, mas, depois dos apelos da presidente Dilma, apagou-se o que estava escrito sobre o assunto.
José Dirceu, depois que uma câmera no Naoum flagrou-lhe a romaria dos áulicos, labutou pela stalinista verve de Franklin Martins de censurar a imprensa e venceu: o PT quer a imprensa censurada, mas é claro, chama isto de "regulamentação da mídia". Todavia, isto também não é novidade.
Preliminarmente, continuo, sobre o assunto, com a mesma posição: que a imprensa seja absolutamente livre para falar mal de mim e que eu seja absolutamente livre para reclamar dela.
O ex-presidente Lula, comme il faut, com umas das suas brancas guayaberas, para afastar os rumores de que sucederá Dilma, vaticinou oito anos para ela e acabou fazendo ser verdade o que ele mesmo dissera, no início do discurso, que era mentira da imprensa: "eu li num jornal que ia ter uma nota de apoio ao José Dirceu com o meu aval. É mentira, porque não disse isso. Mas já que estou aqui, vou dar o meu aval".
Pronto, a imprensa que Lula chamara de mentirosa, não mentiu: ele deu aval à nota de desagravo a José Dirceu, como fora noticiado que ele faria.
A Veja adora isto: aumenta as vendas.