PALOCCI

Shot006
A presidente Dilma marcou uma conversa com o ex-presidente Lula tendo como pauta a situação de Palocci: ela quer ouvir Lula sobre demitir ou não o chefe da Casa Civil.
Na ribalta os aliados discursam que a entrevista do ministro foi satisfatória, nos bastidores há unanimidade em afirmar-lhe o fracasso.
Palocci, prevendo que a reação seria esta, preferia não se explicar, mas, demandado pela própria presidente da República, veio ao palco, não sem antes combinar o script com a editoria do “Jornal Nacional” que, pela exclusividade da entrevista, comprometeu-se em editá-la de forma favorável.
Mas, a entrevista não teve pontos favoráveis a editar e o resultado foi que se consolidou a tese de que Palocci enfiou a mão na botija.
Outra ponto é que não há, por parte do público, quando se trata de políticos, a “boa fé” reclamada por Palocci às explicações oferecidas: políticos são culpados e o interesse é ouvir as hipóteses que incriminam e não as exceções de defesa, e estas, quando ouvidas, são transformadas em novos ataques.
Uma das poucas exceções a esta regra é Lula, que semelhante ao falecido presidente Kennedy, sempre que se via em apuros vinha à público, falava qualquer coisa, e a nação, por mais que não acreditasse, relevava: a isto se chama carisma político, presente na personalidade de líderes natos.
Nesta contingência, não se deveria mais expor o ministro, pois tudo que disser será usado contra ele. A maneira mais adequada de resguarda-lo é tira-lo, novamente, de cena.

Blog do Parsifal