Kadafi retoma posições

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As atenções voltadas para a tragédia japonesa serviram de arrego ao ditador Kadafi: o mundo o esqueceu diante de uma eventual desgraça maior do que aquela que ele, há mais de 40 anos, impinge aos líbios.
Como não se tomam as providências devidas para dar intendência aos rebeldes que se batem contra Kadafi, como eu temia, o ditador retomou a flexão das querelas militares e reouve posições em territórios que havia perdido.
Na sexta-feira Kadafi retomou o porto de Ras Lanuf, cabeça de ponte importante, a apenas 600 quilômetros de Trípoli. Ontem as tropas do ditador retomaram a cidade petrolífera de Brega, que os rebeldes usavam para se abastecerem de petróleo.
Sem condições marciais para continuar resistindo, os insurgentes recuaram para o leste, o que torna mais difícil um reagrupamento para contra-ataque e mais fácil a marcha de Kadafi rumo a Benghazi, onde está instalado o governo paralelo e derradeiro bastião da revolta.
Se não for imposta uma zona de exclusão aérea ao regime de Kadafi, ele não tardará a retomar o controle total do país, massacrando quem lhe ousou ameaçar o despotismo.

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