SE FOSSE SÓ SENTIR SAUDADE

Se a saudade fosse tudo, menos mal; o problema são as sequelas da saudade, a falta de concentração. Penso muito ultimamente em Alceu Valença: A solidão é fera a solidão devora, é a solidão do tempo que passou, dos amigos do tempo que passou, de tudo que não volta mais.

Encontrei hoje com Dorinha Ramos, pessoa importante em minha vida. Ela era minha chefe em meu primeiro emprego aos 14 anos, onde trabalhei até os 18 quando fui cursar a Federal. Fiquei muito feliz quando ela disse que orgulhava-se de mim e do homemm  que me transformaei. Ela há 4 anos mora em Araguaína ( minha terra) no Tocantins e acompanha-me em meu blog, tem notícias da cidade que ama pelo blog.

Encontrar com a Dorinha depois de todos esses anos, neste momento de minha vida, foi uma justificativa para revisitar meu passado profissional, mostrar-me de onde saí.

Aos 14 anos de idade eu vendia saco de cimento, o problema é que além de vender era eu quem carregava. Sou um homem forte e robusto, mas poucos sabem que meu corpo foi forjado pelo meu primeiro emprego, nunca fiz musculação, os sacos de 50 Kg de cimento eram meus pesos.

Não olho para trás com rancor, tudo que aconteceu em minha vida serviu para tornar-me o homem que sou, ter começado a trabalhar ainda criança ajudou-me muito neste processo, tão responsável que era, que aos 16 eu era o responsável pelo aumoxerifado da empresa, nada saia nem entrava sem minha aquiescência.

Todas essas experiências vêm marcadas em minha memória, todas as pessoas, como a Dorinha, Divo, dona Marta, seu Watanabe, ajudaram direta ou indiretamente, com exemplos, a me tornar o que sou. Se hoje tenho compromisso com o horário de meu trabalho, por exemplo (O que não é comum em minha área), é porque lá atrás, essas pessoas me ensinaram o quanto é importante a responsabilidade, menino que era, homem em em formação, assimilei os exemplos e os conselhos de Dorinha principalmente. Não sei ser de outra forma. 

Tive a felicidade de ao longo de minha vida de ter tido pessoas que a cruzaram e contribuíram positivamente para ela.

Hoje fico feliz de exercer a mesma influência que sofri em outras pessoas com o meu amigo de faculdade Eudson Erson que revelou-me se inspirar em mim para ser o aluno que é; ou o Márcio Baía que declarou-me ter-me como modelo para aquilo que ele quer em sua vida. Segundo o Baía, ele quer seguir meus passos. Fico feliz por exercer esta influência positiva sobre as pessoas também, assim como eu recebi.

Como diria Gregório de Matos: "É vaidade Fábio nesta vida". Por estas razões sou vaidoso de quem fui e de quem serei, quem sou é a transiação do carregador de saco de cimento ao homo juridicus.

A vida vale à pena, eu bem o sei!

Um grande e saudoso abraço a minha amiga Dorinha, felicidades!!