SENSIBILIDADE

Conversei ontem pela primeira vez com o empresário Gílson Freitas, a impressão inicial foi muito boa, não, só dele, mas pela Mabel também que é uma excelente anfitriã, não só pela forma como recebe, antes pela personalidade solícita e engajada.

Não estava só eu com o prefeitável, por isso fiz questão de ouvir, mesmo tendo falado mais que queria (é difícil contrariar a natureza). Gostei de muita coisa que ouvi, porém nada me chamou mais a atenção, que um relato dele sobre sua experiência na festa junina da escola Maurício Machado que fica na PA a altura da entrada da Conceição do Itá.

Segundo ele, as crianças estavam dançando no terreiro enlamaçado por causa da chuva, as crianças ficaram todas sujas de lama após a apresentação. De acordo com ele, chamou-lhe a atenção, o fato de as crianças se prepararem para se apresentar, e não ter onde fazer isto.

Trabalhei, nesta escola, ajudei em uma festa junina lá em 2003, choveu também, o evento ocorre em um terreiro em baixo de umas árvores, o lamaçal é generalizado.

Alguém sem sensibilidade não se importaria com isso. Lembro-me que achei normal, não me incomodei com aquilo, considerei normalíssimo, entrementes, quando ele falou sobre isso, percebi que de fato não é normal, as crianças deveriam ter um lugar melhor para apresentar sua arte, tinha que ter uma quadra, pelo menos.