Na noite do dia 29-04 de 2008

Em 2008 o PT por meio de votação direta dos filiados, decidiu ter candidatura própria, também por meio de votação dos filiados o nome escolhido para ser o candidato a prefeito foi o do professor Franciel Paz, tivemos dois meses para procurar alianças, mas não conseguimos, isolados vimos que seria quixotesco enfrentar um processo eleitoral sozinhos.
Após um processo tenso entre os grupos, um queria aliar-se ao Marió:  a professora Milani, professora Sandrinha, o Ronilson e o Beto do sindicato, o outro ao Gilberto: Professor Franciel, Eu, Diego Sousa. Ambos os candidatos queriam o PT de vice. Saiu vitorioso o grupo que defendeu a tese do PMDB.
Por esta razão, na condição de secretário de formação política dom partido, eu, acompanhado do professor Pedro Eduardo e do sindicalista Danilo, fui ao Luna Recepções na noite do dia 29-06 de 2008. Iríamos defender os interesses do partido na formação de chapas para proporcional.
Ao chegar ao Luna, além do incômodo que percebi nos outros com a nossa presença, entendi que havia uma estratégia armada pelo palácio Capitão Noé de Carvalho, quando os debates começaram confirmei a suspeita. A ideia governista era congregar todos os partidos aliados em duas chapas, uma encabeçada pelo PTB do Nunes, e outra pelo PMDB do Tony, os outros partidos entrariam em uma ou em outra chapa: PT, PC do B, PP, PDT, PMN entre outros que não sou capaz de recordar. Essa estratégia era perfeita para os interesses dos principais candidatos a vereador, porém acabava com os partidos pequenos, pois só iríamos servir de escada para fazer legenda para os candidatos mais ricos.
Imediatamente eu e os meus companheiros chamamos o Denílson do PC do B, o Chico da Luz do PDT, o Delegado Dilermano do PP e propusemos uma chapa desses partidos sem o PTB, nem o PMDB que vinha fortíssimo com o Tony, o Vadico, o Jr Brasil, Celito.
Após acordarmos, enunciamos para a assembleia nossa decisão. Foi um rebu danado, gente gritava, gente apupava, gente ligava, era uma confusão danada. Não nos envolvemos fomos para a sacada do Luna e ficamos aguardando, três ou quatro vezes vieram comissões nos demover da ideia, mas estávamos inamovíveis. Para a última comissão que veio nos convencer a formação de duas chapas apenas, nós recrudecemos e impusemos: ou era a nossa chapa, ou nós nos uniríamos em torno da candidatura do professor Franciel. Quando essa oportunidade surgiu, vibrei e comecei a torcer para os caciques não aceitarem a nossa insurgência e manterem só as duas chapas, esse foi o momento de todo o processo que nós ficamos mais próximos da nossa candidatura própria que era a tese que eu defendia. A questão se alongou, 4:38 da madrugada do domingo dia 30, prazo máximo para a inscrição da chapas, a coisa não estava resolvida, decidi ir embora, fui para casa, tomei duas latinhas de cerveja para esperar dar 6:00 h, nessa hora fui para a casa do professor Franciel apoiar sua decisão de não ser o vice do Marió. Eu era do grupo do Franciel e nós vivíamos um dilema danado, não queríamos a aliança com o Marió, como iríamos ser vice dele? Eu estava eufórico, pois fui levar a ele a notícia de que ainda era possível a candidatura própria bastava que não houvesse consenso na quantidade de chapas.
No domingo meio-dia o Marió conseguiu reverter a situação, convenceu os mais exaltados a aceitar as três chapas. Fiquei triste, porque morria ali a nossa chance de ter nosso candidato, mas feliz porque sabia que o partido faria um ou dois vereadores.
Por conta disso até hoje o Vadico e o Celito me responsabilizam pela derrota deles, se tivesse passado a tese das duas chapas os dois teriam entrado no lugar do Denílson e do Tuba se tivessem ficado na chapa com o PMDB.
Hoje era para o PMDB ter três ou quatro vereadores, mas a manobra que encabeçamos impediu isso. Foi um dos momentos mais quentes daquela eleição para mim.
Hoje a história mostra que o PT não ganhou nada se unindo politicamente ao PMDB no município, se tivéssemos tido o nosso candidato, o PT na eleição do ano que vem teria, uma maior capilaridade eleitoral.