PROFESSOR LUIZ SANTOS



Prof. Luiz Santos disse...
Meu Caro Bruno,
Parabenizo você mais uma vez pelo dom de usar a palavra escrita com presteza, verdade e vontade.
Essas situações todas que vivemos em nossa cidade, sem governo para o povo, sem OPOSIÇÃO como bem esclareceu o Diego Souza,sempre me faz lembrar algo que já li em algum lugar.(sabes bem que é no elo do mundo dos intelectuais com minha vida Bairronovística que busco suportar viver neste mundo que vivemos).
Pois bem, esta sua postagem fez-me relembrar um texto que reli recentemente de Max Weber "Política como vocação" Weber discorre sobre o processo de formação do Estado Moderno destacando como ele foi acompanhado com o surgimento de uma figura muito peculiar no Ocidente: o político profissional.
Ele diferencia dois tipos essenciais do políticos: os que vivem para a política e os que vivem da política.
O político que vive da política é aquele que não possui recursos materiais para a sua subsistência para além dos recursos provindos da própria atividade política. Sua atuação pública se confunde com uma luta não apenas por ideais comuns ou interesses de classes, mas também pela conquista de meios de conseguir renda, o que de alguma forma prejudica a capacidade de distanciamento para a análise racional dos problemas de seu cotidiano enquanto profissional da política.
Já o político que vive para a política representaria o tipo ideal no âmbito de atributos do político vocacionado, pois sua independência diante da remuneração própria da atividade política significa, também, uma independência de seus objetivos no decorrer da vida pública. Sua conduta pode esta voltada para a busca de prestígio, honra, ideais, ou até mesmo do “poder pelo poder”, mas não tomaria como prioridade a busca por recompensas financeiras em decorrência da profissão política, pois já disporia de recursos materiais suficientes.

E antes que alguém queira me processar....SÃO Palavras do MAX WEBER.


COMENTÁRIO DO BLOG

Caro amigo e professor Luiz Santos, achei a teoria de Weber muito interesse apesar de estéril.
Gostei dela porque adoro apreciar esta capacidade cognisciva do homem de criar realidades a partir de conceitos abstratos fruto do exercício intelectivo, porém considero-a estéril por ser elitista demais, não tem como se sustentar uma teoria dessa. Sempre considerei Weber elitista apesar de adorá-lo como pensador.
Não desacordo totalmente desse raciocínio, em verdade só desacordo da afirmação de que para ser o tipo ideal de político se deva ser rico, ou pelo menos não ser pobre, ou desempregado.
O político ideal não precisa ter posses, precisa ter caráter e isso independe de classe social depende de cada homem, da sua subjetividade, Vejamos os vários exemplos de homens de posses que entram na política para defender os interesses pessoais, o que os ruralistas fazem no Congresso? Olhemos exemplos como o de Chico Mendes por outro lado.