O STF começou hoje (17) a julgar o núcleo político do mensalão.
As peças de resistência são o ex-ministro José Dirceu, no início da era Lula era
o todo poderoso do Planalto, José Genoíno e Roberto Jefferson.
Dirceu, acusado de corrupção ativa e formação de quadrilha e
tido como o cérebro político do mensalão, deverá ter a mesma desdita de João
Paulo Cunha, condenado há duas semanas no processo.
> Boatos
Em entrevista hoje (17) à “Folha de S. Paulo”, Dirceu afirmou
que “essa história que inventam de que vou sair do Brasil não combina comigo”,
sobre boatos de que ele estaria saindo do Brasil. É claro que se ele tivesse
esta intenção não a anunciaria à “Folha”.
> Nada a comentar
Na entrevista, Dirceu negou-se a comentar a matéria da revista
Veja, que credita ao publicitário Marcos
Valério, cuja soma das penas nas condenações já sofridas
deverão lhe impor cumprimento inicial em regime fechado, a afirmação de que Lula
teria sido o “chefe do mensalão”.
Agora é tarde para que Valério conte o que sabe ou o que não
sabe, pois tudo que dele, e de outros, vier, será interpretado como arrego de
desespero por purgar em parca companhia uma pena pela qual muito mais envolvidos
restarão impunes.
Na melancólica trilha sonora do mensalão cai bem aquele trecho
da bela composição do Capiba (magnífica na voz de Nelson Gonçalves), Maria
Bethânea, que diz "Eu nunca pensei acabar tudo assim...".