Brasil: a 6ª economia e o 84º IDH do Globo

 

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O “Centro de Pesquisas Comerciais e Econômicas do Reino Unido” (CEBR, sigla em inglês) publicou, com base nos dados do FMI, que é certa a queda da economia inglesa para a 7ª economia do mundo, ficando o Brasil com a 6ª classificação no ano base de 2011.
Embora os dados não sejam oficiais, os jornais ingleses repercutiram a notícia, que por sua vez ganhou a mídia mundial.
A estagnação das economias engasgadas com a crise do Euro alcançou o Reino Unido. Desde 2010, cálculos econométricos já projetavam que o Brasil terminaria 2011 com um PIB superior ao da Inglaterra.
No primeiro trimestre de 2012, quando o FMI publicar o ranking, o Brasil, oficialmente, terá quebrado um tabu: pela primeira vez um país da América do Sul terá batido o PIB de uma nação europeia.
A posição alcançada é um tento, mas, o resultado não muda as agudas desigualdades regionais e a vexatória distribuição das riquezas per capita no Brasil. O ministro Mantega, ao ser confrontado com a situação, respondeu que o Brasil “levará 20 anos para alcançar o nível de vida dos europeus.”.
Poderíamos tomar menos tempo se o modelo pelo qual o Brasil turbina o seu PIB, cimentado principalmente nas commodities, não concentrasse tanta renda na União: este sistema tem um peso específico considerável na matriz que nos faz, mesmo em sendo a 6ª economia, amargar o 84º IDH do mundo, contra o 28º do Reino Unido, por exemplo.
Quando se leva em conta o nível de desigualdade de renda, o Brasil está mais abaixo ainda: somos o 97º, segundo os dados do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento). 
Não evidencio o contraponto com o intuito de abaçanar a conquista: convido a refletir que precisamos cobrar, com mais determinação, atitudes governamentais que mitiguem classificações tão vexatórias (como a recente publicação do IBGE mostrando que 11,4 milhões de brasileiros vivem em favelas) em um país que ostenta um PIB que já chega a ser o dobro de nações cujos índices sociais nos fazem inveja.
Abaixo, uma tabela com a classificação das 10 maiores economias mundiais em 2011. A coluna da direita apresenta a projeção para 2020.
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Todas as projeções indicam que os EUA não perderão a primeira posição nos próximos 50 anos, pois o seu PIB, de US$ 15,06 trilhões, é mais que o dobro do segundo colocado, a China, com US$ 6,9 trilhões.
Elaborei a tabela com as projeções do CEBR e arredondando os valores. Os números oficiais serão conhecidos no primeiro trimestre de 2012, podendo trazer variações.
Algumas projeções colocam a Rússia na 10ª posição. A projeção do CERB a coloca em 11ª.

Blog do Parsifal

COMENTÁRIO DO BLOG

Não se pode deixar de observar que esta marca alcançada pela economia brasileira é histórica, quando eu estudante de cursinho, ouvia os professores falar sobre o 8º lugar no período militar, este era o paradigma, período do boom da economia brasileira nos meados da década de 70 até 78.

Vejo com muito otimismo a previsão do Mantega de o Brasil se igualar a níveis europeus de distribuição de renda, para quem viveu a década de 80 isso parecia impossível em milhões de anos.

Lembro-me que passava a seguinte piada em programas de humor do tipo do Zorra Total.

Chegava um americano no céu e fazia uma pergunta para Deus a qual eu não me recordo e Deus respondia que nâo seria na gestão do Regan.

Chegava um outro camarada de outra nacionalidade e fazia outra pergunta e Deus dava uma resposta similar não seria na gestão daquele presidente.

Em fim chegava o brasileiro que havia escutado as duas perguntas anteriores e perguntava, quando o Brasil distribuiria a riqueza e Deus dizia que não seria na gestão dele, mas do próximo Deus.

20 anos depois é possível prever isso, segundo o governo, não será na gestão da Dilma, mas acontecerá em médio prazo e talvez até curtíssimo prazo se considerarmos que há mais de 500 anos o Brasil concentra renda.

De fato parece que agora não é só um discurso do desejo dizer que o Brasil é o país do futuro, parece que agora é de verdade.