Em 2007, o procurador-geral da República, Antonio de Souza, denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF) os principais líderes do PT como envolvidos no caso que se tornou conhecido como mensalão.

Na quinta-feira, 07.07, o atual procurador-geral, Roberto Gurgel, apresentou ao STF as alegações finais do processo, onde reitera a denúncia e pede a condenação de proeminentes próceres do PT, alguns em pleno processo de reabilitação política.

As alegações apontam José Dirceu (PT-SP) como "o chefe de quadrilha", cujo núcleo seria formado por Marcos Valério, Delúbio Soares, Sílvio Pereira e José Genoíno. O procurador-geral afirma que “a quadrilha”, agia para comprar apoio político na Câmara Federal, a fim de “consolidar o projeto de poder recém-vitorioso do Partido dos Trabalhadores.”.

Além dos nomes citados como o núcleo da “quadrilha”, a procuradoria-geral pede a condenação do publicitário Duda Mendonça, Roberto Jefferson, João Paulo Cunha, deputado federal pelo PT-SP e presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Valdemar da Costa Neto, deputado federal pelo PR-SP, o petista João

Magno (MG), o petista Henrique Pizzolato, à época diretor de marketing do Banco do Brasil, Paulo Rocha, ex-deputado federal pelo PT-PA, Professor Luizinho, ex-deputado federal pelo PT-SP, Bispo Rodrigues ex-deputado federal pelo PL-RJ, Anderson Adauto ex-ministro dos Transportes e deputado federal pelo PTB-MG.

Os crimes capitulados são formação de quadrilha, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, peculato e evasão de divisas.

As penas máximas somam mais de 40 anos para cada réu, mas, a lei das execuções penais não permite que um condenado passe mais de 30 anos preso e, como a maioria é réu primário, caso condenados, a efetiva reclusão não tem a magnitude que a imprensa alardeia.

Os réus, após citados, terão 30 dias para apresentação das suas respectivas alegações finais e depois o processo será concluso ao relator para sentença, que, segundo o ministro Joaquim Barbosa, deverá ser prolatada em 2012.

Clique aqui para ver a lista dos 36 réus contra quem a PGR pede condenação.

Caso queira ler as alegações finais da PGR (390 páginas), clique aqui.

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