Convivendo com os contrários

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A adversidade da grande imprensa nacional, os dois principais grupos de comunicação do Pará em franca campanha contra, e uma trincheira de oposição cravada na Casa Civil do governo, torna árdua a campanha dos que se declaram favoráveis à divisão do Pará.
A forma como o ensaio começou poderá, independente do resultado de um futuro plebiscito, acabar por, se não geograficamente, dividir o Pará gentilicamente, tal a violência com que as diferenças de pensamento se manifestam.
Poucos argumentos se ouvem. Ao invés deles prefere-se o esculacho, estribado em um preconceito que tange à intolerância, que se avizinha com ameaças de todo tom, o que demonstra quão despreparados estamos para lidar com o choque de opiniões.
A movimentação plebiscitaria deveria ser a tradução de uma República democraticamente amadurecida e não uma batalha de secessão.
Devemos ter a compreensão de que é possível o bom combate nas mais contraditórias ocasiões e, se há vilões em ambos os lados, a maioria dos homens e mulheres na lide são pessoas de boa índole.
Ao final, em qualquer resultado obtido, estaremos fadados a habitar um mesmo macro espaço geopolítico, sem fronteiras socioeconômicas que não sejam os próprios anseios e interesses legítimos de um povo que, tenha vindo de onde vier, é brasileiro. O ódio preconcebido é uma das piores formas de intolerância.
Já postei aqui três opiniões favoráveis à divisão. Clique na imagem para ler uma opinião contra a divisão, lavrada pelo cientista político Professor Doutor Edir Veiga.

Blog do Parsifal

COMENTÁRIO DO BLOG

Veja Diego, os principais grupos de comunicação do Estado são contra a divisão. Quem é mesmo que sai ganhando com a divisão? E com a não divisão, quem sai perdendo? Concordo com o Parsifal, devemos lidar com o plebiscito de forma madura, sem emoções baratas que beiram a parvice. Vivemos em um país democrático, devemos resolver nossas distenções com o voto, quem for maioria ganha e acabou-se.