E O QUE SERÁ?

E se não fosse tão descomplicado? E se entre nós e aquilo que o futuro nos reserva existissem montanhas intransponíveis, poderíamos dizer então  que estávamos perdidos, ou melhor, que aquilo que o futuro nos reserva será um eterno porvir? Ou o engenho humano seria capaz de elaborar um estratagema que burlasse a intransponibilidade da montanha?  E o que o futuro nos reserva então, se talvez a montanha seja mesmo intransponível? E se mesmo assim, intransponível ou não, nós vivêssemos? E se complicado fosse? E qual o problema da intransponibilidade? Conseguiríamos viver com isso? 
Porém poderia sim ser descomplicado, e se for mesmo descomplicado? E se tudo for mesmo fácil como parece ser? Não consideraríamos vulgar ou pelo menos comum?
Penso então que aquilo que o futuro nos reserva, é aquilo que o futuro nos reserva, sendo intransponível ou não a montanha, pois  aquilo que o futuro nos reserva não está no futuro, está no agora, o futuro não é o futuro, o futuro é o agora, é no agora que se determina o que será. E o que será?