Em guarda


lula
O ex-presidente Lula entrou em campo para ajudar o governo a calafetar a nau do ministro Palocci que não para de fazer água.
Desde o Panamá, Lula ligou para o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho e deu gás: “Vocês não podem baixar a guarda!”, disparou.
O ex-presidente, apesar de verificar que próceres do PT abanam a crise, não tem dúvidas de que a brasa foi acesa pelo PSDB e tem certeza de que o José Serra comandou a operação.
Deste responso surgiu a fala da presidente Dilma, ontem, quando pela primeira vez defendeu Palocci publicamente ao afirmar que o PSBD está querendo protagonizar um 3º turno.
O PSDB reagiu às ilações e acusou Lula de elaborar uma “teoria da conspiração”, mas, pelo talvez, não deixa de ter sentido o enredo, pois Serra é vezeiro nesta tonalidade.
Pragmático, Lula ensinou que não adianta ficar defendendo Palocci disto ou daquilo, já que há o fato, legal ou não, do seu aumento patrimonial.
O que a presidente precisa fazer, segundo Lula, é sair da toca e “conversar com o povo”, buscando apoio nos movimentos sociais, como ele fez em 2005, no auge da crise do mensalão.
Lula também aconselhou Palocci a sair de cima dos cargos reclamados pelos aliados e desatar os nós, negociando todos os anéis para que possa manter os 10 dedos das mãos: isto é música aos ouvidos da base, cujo maior desgosto é não ver as indicações caminharem.
A oposição não tem número para abrir a CPI mista que almeja e só conseguirá assinaturas suficientes se parlamentares da base as lavrarem. Portanto, que se entreguem as nomeações, o que acalmará a base e evitará a CPI mista.
Simples assim.

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