O "Estadão”, frustrado com a blindagem cometida pelo Planalto em torno do ministro Palocci, resolveu espalhar brasa, na mais perfeita tradução do Sergio Porto, que exigia a “restauração da moralidade ou que todos se locupletassem".
O periódico, ao que parece, quis insinuar que, pelo menos em certa ala do ministério, a restauração da moralidade não foi a opção definida, e revelou que, pelo menos, cinco ministros têm empresas de consultoria “que funcionam ao mesmo tempo em que os chefes das pastas exercem o cargo.”.
Deu nome aos bois: Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Comércio e Indústria), José Eduardo Cardozo (Justiça), Moreira Franco (Assuntos Estratégicos), Leônidas Cristino (Portos) e Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional).
Segundo a reportagem, Fernando Pimentel (PT) é sócio da P21-Consultoria e Projetos Ltda; José Eduardo Cardozo é sócio da Martins Cardozo Consultores S/S Ltda; Leônidas Cristino é sócio da Ejos Construções e Consultoria; Fernando Bezerra Coelho é dono da Manoa Empreendimentos e Serviços Ltda; e Moreira Franco é dono da Aptus Consultoria e Participações.
Este movimento é estruturalmente complexo para manejar a contento, pois a incompatibilidade do cargo público com o exercício paralelo da atividade privada, pode ser facilmente enviesado.
O jeito é rasgar o véu da hipocrisia que encobre esta janela e regulamentar o lobby para que seja feito, com regras definidas, à luz do dia.
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