POLÍTICA E PROFISSIONALISMO

Não se ganha mais eleição fazendo campanha de forma amadora em Santa Izabel. Isso é uma verdade absoluta para eleição majoritária e relativa para proporcional.

A eleição proporcional também exigirá um certo grau de profissionalismo dos candidatos, não se ganha mais eleição para vereador em Santa Izabel só com o candidato pedindo voto, é necessária uma rede organizada em forma de células que reproduzam novas células se possível de gente pedindo voto.

Para esclarecimento do que estou falando darei exemplo da campanha do professor Franciel que ajudei a coordenar. 

Iniciamos nossa campanha em junho de 2007 visitando, não lideranças no sentido stritu da palavra, pessoas que exerciam alguma influência em sua família, em seu bairro, em sua rua, em sua associação, em sua escola e assim por diante, pessoas que faziam parte de nossa relação de amizade. Visitamo-las e pedimos apoio à candidatura do Franciel, conseguido o apoio tentávamos, nem sempre com sucesso, fazer com que  apessoa se tornasse uma célula da nossa rede de pessoas que conquistariam votos, normalmente estabelecíamos uma meta de votos com o aliado: 20, 30, 50... de acordo com a capacidade de cada um. Por último tentávamos fazer que esta célula fosse capaz de se multiplicar, transformarse-se em outras cooptando pessoas da relação do cabeça da célula, não mais nossa relação, não conseguimos muito sucesso nesta terceira fase de comprometimento do cabeça de célula.

Isso é importante ficar claro, existem graus de comprometimento da campanha e que eram devidamente catalogados. Após a vistita poderiam acontecer 4 resultados:

1- Não conseguíamos o aliado.
2- Conseguíamos o aliado para votar no candidato apenas.
3- Conseguíamos o aliado para votar no candidato e pedir votos, o que implica em um comprometimento maior deste aliado com a campanha e por isso ele deve participar de todas as reuniões da campanha, não se pode perder contato com ele.
4-  Conseguíamos o aliado para votar no candidato, encabeçar célula e criar outras células. Este é um super aliado, o qual deve participar de todas as reuniões, inclusive das mais reservadas, ele precisa se sentir parte do processo de desenvolvimento da campanha. Este é mais difícil de conseguir.

Essa não é a única forma de se organizar uma campanha proporcional, é só mais uma que é a utilizada pela esquerda e deve ser a forma de trabalhar daqueles que possuem recusrsos limitados  para a campanha.

Na campanha do Franciel conseguimos muitos e importantes cabeças de célula para nos ajudar na árdua tarefa de conquistar votos. Avalio que a estratégia foi um sucesso. Imaginem que tivemos mais de 600 votos, sem ter reduto eleitoral, foram votos espalhados em toda a cidade, tivemos votos em quase todas as urnas da cidade. Perdemos para o Tubarão e o Denílson, porque eles fizeram o mesmo tipo de campanha e tinham um plus que era o reduto eleitoral, aquele no Triângulo, este na Divineia.

Para se vencer a eleição para vereador, é no mínimo necessária uma campanha desta forma, com o mínimo de organização e estratégia.

Igual a mim, o Valdeci do Travessão aprendeu muito bem esta estratégia no PT e já a está botando em prática. Posso dizer com convicção e experiência própria que esta forma de organizar a campanha traz retorno eleitoral. O que não pode é o candidato a vereador ficar sozinho pedindo voto, pois daí advém duas dificuldades:

1- Ele não conseguirá chegar em um número suficiente de pessoas para convencê-las a votar nele.

2- Mesmo que consiga ter contato com um número razoável de pessoas, sua relação com elas é impessoal, é uma relação eleitoral entre o candidato e o eleitor, não tem a mesma força de um amigo ou parente te pedindo para votar em determinado candidato com argumentos como quem defende uma tese e com mais insistência que o só candidato.

Essa é a importância de se ter pessoas pedindo voto para o candidato além dele mesmo. Conseguir isto, implica em organização e organização implica em profisionalismo.