PROBLEMAS DE INTERPRETAÇÃO TEXTUAL

Caros leitores deste blog, o blogueiro Diego Sousa questionou o fato de eu ter considerado um marco histórico para nossa cidade, a instalação do sinal, porém o motivo que ele aponta, como se pode ler no texto a seguir, é fruto de uma má leitura de uma postagem que fiz.

O problema está no fato de o blogueiro considerar que eu coloquei a instalação do sinal o marco histórico do governo do Marió, em verdade, considero-o o marco histórico de divisão de nossa história.

Desde a postagem que fiz com as fotos da sub-estação de energia e do Florestal, venho procurando um marco histórico que demarque a divisão daquilo que chamo de Santa Izabel antiga da Santa Izazabel do porvir, da Santa Izabel interior do Pará, das lendas, dos poucos carros na rua, sem tráfico de drogas, sem violência no trânsito, a Santa Izabel que era um cenário amazônico, esta ficou para trás. A Santa Izabel do por vir, é a do acidente de trânsito, da conurbação com Belém, da perda das características amazônicas para incorporação em um cenário globalizado.

É esta divisão que observo, e que para mim o semáforo, independente de ele resolver o problema do trânsito ou não, é o marco divisor. Divide a Santa izabel de minha infância, em que chamais sonhávamos que um dia teria um sinal, para quê? Antes não havia necessidade. Da Santa Izabel do presente, deste período de transição em que vivemos, de uma cidade para outra.

Feito este esclarecimento, reproduzo abaixo a postagem que fiz, que deu origem ao texto do Diego, e o tetxto que le escreveu. Espero que o leitor tire suas próprias conclusões.

MEU TEXTO: SAUDOSISMO

Às vezes faço postagens em que falo da Santa Izabel antiga, da Santa Izabel da minha infância. Sei que um tema destes não deixa de ter um caráter saudosista, porém quero esclarecer que o objetivo das postagens não é ser saudosista, sou um homem do meu tempo com a consciência do que passou e do que virá. Faço as postagens para observar estas transformações que a gora tem um marco oficial que divide a Santa Izabel antiga, a da minha infância da Santa Izabel do por vir: é o semáforo, daqui para frente é uma outra história. 

A instalação do nosso primeiro semáforo está para a nossa história como a tomada da Bastilha, a conquista de Canstantinopla pelos turcos Otomanos está para a história da humanidade.

 

 

TEXTO DO DIEGO: SEMÁFORO DE EXAGERO

Quanto ao posicionamento do amigo Blogueiro Bruno Marques quero ressaltar que acho de um tom completamente exagerado, fazendo crer que este fora o acontecimento do século nesta gestão, o que não foi, para mim marcou muito mais a derrubada da Ponte Histórica Tibiriçá do que a implantação do semáforo que como já disse é muito importante sim, mas não é um semáforo que dividirá em dois tempos a história de nosso Município isso porque sem uma campanha de educação no trânsito, que espero que o poder público faça, não teremos resultado algum, eu mesmo presenciei ontem uma turma bem grande que não respeitou o sinal vermelho e acelerou suas motos mesmo com o sinal fechado, no meu entendimento teremos como marco histórico o dia em que nossa cidade receber um pólo universitário da UEPA ou UFPA, o dia em que a meia-passagem seja realmente meia, o dia em que sejamos respeitados como região metropolitana pagando o mesmo valor de passagem da capital, o dia em que nossa cidade crie um instituto de preservação cultural para resguardar o que nos resta antes que prefeitos como o atual gestor resolvam derrubar tudo que é histórico em nome do progresso, neste dia sim poderemos dizer que estaremos presenciando um marco na história de nossa cidade e estaremos preparados para construir uma cidade melhor. Um semáforo é quase nada diante dos desafios que virão, espero que as próximas obras sejam entregues pelo próximo gestor não somente em ano eleitoral, pois dezenas de familias izabelenses tiveram que chorar seus mortos em detrimento do projeto de um grupo político que só se preocupou em lucrar com a organização do trânsito em ano de eleição ao invés de evitar este massacre ao qual dezenas de izabelenses foram submetidos nos último anos em nosso trânsito.