A trena e a tesoura no orçamento de 2012

 

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A presidente Dilma Rousseff, preocupada com o acirramento da crise europeia e o rebaixamento das notas de créditos de vários países da zona do euro, entre eles a França, interrompeu as férias do ministro da Fazenda Guido Mantega e o chamou para uma conversa.
Embora nada oficial tenha surgido do bate-papo, os analista dão como certo que, mesmo em ano eleitoral, o corte de R$ 50 bilhões feito no orçamento da União, em 2011, deverá ser maior este ano, alcançando a casa dos R$ 60 bilhões.
A tesoura em 2011 fechou as lâminas em investimentos, obras e equipamentos. Um dos investimentos cortados foi o derrocamento das rochas do Lourenço que viabilizaria a hidrovia do Araguaia-Tocantins à montante das eclusas de Tucuruí.
Com a mesma tesoura, em princípio sobre medida maior, não é de se esperar que o derrocamento seja descontingenciado, o que, na fala da Vale, adia a ALPA, em Marabá, pelo mesmo tempo, a não ser que a presidente Dilma Rousseff determine a Murilo Ferreira (presidente da Vale) que coce o bolso e arque com os custos das dinamites.
Creio eu, todavia, que a tesoura cantará solta no primeiro semestre, para, no segundo, quando chegarem as eleições e a onça for beber água, ter algum pano inteiro para cobertor.


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