LIXO SOBRE LIXO

Saí do CEAL ontem por volta das 10 da manhã. Ao entrar no carro, vi uma caçamba vermelha fechando o portão da escola para coletar o lixo, segui com meu carro até o portão seguido pela professora Carla que estava saindo também. Ao chegar ao portão, parei, não é correto estacionar fechando um portão, principalmente de uma escola, mas tudo bem, esta é a terra do desgoverno, dos sem lei, por isso fiquei esperando, não se pode brigar com todo mundo.

Percebi que o lixo já havia sido coletado, e a caçamba continuava lá obstruindo o mundo, dei um toque breve na buzina para o motorista saber que tinha gente querendo passar, pois ele podia não está vendo por conta do ângulo.

Quando eu dei a buzina, o gari que estava em cima do lixo na caçamba gritou para mim:

- Tá com pressa filho da puta, passa por cima!

Minha esposa estava ao meu lado, eu olhei para ela, sorri, e disse:

- Essa é a terra do Marió, esse é um funcionário publico dele, veja como esse agente público, que só se vê como gari, está tratando um  cidadão.

É um absurdo que um agente público destrate um cidadão, estando todo errado, primeiro que a caçamba não podia está obstruindo o portão, segundo porque um agente público não pode em hipótese alguma destratar o cidadão.

A forma como um funcionário age em público, é reflexo de gestão. Se em um comércio uma caixa trata mal ao cliente ou ela pega rua ou é reciclada, a gestão não permite, na gestão pública tem que ser da mesma forma, porém é preciso ter um bom gestor.

P.S.: Após ser chamado de filho da puta, eu não reagi fisicamente, era na escola na hora do intervalo, não ficaria bem e nem é de minha índole, mas meti a mão na buzina e só soltei quando o desgraçado saiu da minha frente. No que fui seguido pela professora Carla, fizemos um buzinaço na frente da escola.